Oito médicos e 18 enfermeiros alemães chegaram a Portugal há cerca de uma semana, para substituir a primeira equipa de profissionais de saúde vinda da Alemanha, continuando a ajudar o país no combate à pandemia.
Em declarações à SIC, o Coronel Ingo Weisel, médico chefe da equipa, admitiu que se Portugal quiser, o grupo alemão poderá permanecer no país mais tempo do que as três semanas previstas.
"Estamos preparados para ficar cá, se Portugal pedir que fiquemos. Se for o caso, a decisão será tomada na Alemanha. Veremos nas próximas semanas. A julgar pelo trabalho que temos aqui, ainda há muito para fazer. A ajuda que podemos prestar pode não ser grande, mas, por mais pequena que seja a nossa contribuição, é muito bem-vinda", afirmou.
O militar deixou ainda elogios à população portuguesa: "Já percebemos pelos nossos passeios em Lisboa, que, nos transportes públicos, todas as pessoas usam máscaras, que são disciplinadas e mantêm a distância física".
Entre os elementos da equipa alemã, o enfermeiro Gil Bueno de Sousa, tem família brasileira e, por isso, tem facilitado a comunicação com os colegas portugueses. Em declarações ao canal da estação televisiva, o profissional de saúde sublinhou que ainda há muitos doentes com Covid-19 ventilados, mas felicitou Portugal pelo desagravamento da pandemia verificado nos últimos dias.
"É bom ver os casos a baixarem. As pessoas de Portugal são legais", disse.
Portugal não é o único país que a Alemanha quer ajudar, estando também a planear enviar militares para a Eslováquia e para a República Checa para ajudar a combater a Covid-19.
Portugal registou ontem 38 mortes relacionadas com a Covid-19 e 691 novos casos de infeção com o novo coronavírus, o terceiro dia consecutivo abaixo dos mil casos. O boletim da DGS revelou também que estão internados 1.997 doentes, o valor mais baixo desde 30 de outubro.
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