A Ordem dos Médicos (OM) informou, esta quinta-feira, que irá ser realizada a vacinação prioritária dos profissionais de saúde que faltavam inocular contra o novo coronavírus no país.
"Depois de várias insistências e duas semanas depois de a OM ter lançado uma petição pública pela vacinação imediata dos médicos, que ultrapassou as 10 mil assinaturas, foram criadas condições para terminar com uma situação injusta, que deixava os doentes e os médicos mais desprotegidos", anunciou, em comunicado, a ordem profissional liderada por Miguel Guimarães.
De acordo com a OM, a nova coordenação da task force responsável pelo plano de vacinação contra a Covid-19 "reconheceu que os médicos e restantes profissionais de saúde estão no primeiro grupo prioritário a vacinar".
É também revelado que a task force aceitou o apoio da OM na "identificação dos médicos que estão por vacinar, bem como em toda a operacionalização deste processo de programação do momento de vacinação e administração das vacinas".
Numa primeira fase, já foram identificados mais de quatro mil médicos em condições de serem vacinados. "Para os médicos acima dos 65 anos, de acordo com orientações da Direção-Geral da Saúde e da própria task force, serão entregues à OM vacinas da Pfizer. Para os médicos com menos de 65 anos a task force disponibilizará vacinas da AstraZeneca", precisa a referida nota.
A OM informou ainda que a vacinação destes profissionais já arrancou em alguns locais do país, desde o fim de semana passado. A vacinação começou no Porto "com a imunização de um total de 626 médicos com 65 ou mais anos de idade", sendo que esta quinta-feira o processo continua no Algarve.
"É um processo complexo, em que o planeamento e a organização têm de ser exemplares. A OM assumiu a responsabilidade e o risco de coordenar e organizar a vacinação dos médicos que estavam a ficar para trás, nomeadamente aqueles que trabalham em consultórios e clínicas. Não podíamos deixar de fazer tudo o que está ao nosso alcance para proteger a vida dos médicos e consequentemente garantir que os doentes continuem a ter acesso às suas consultas, exames e cirurgias”, defendeu o bastonário Miguel Guimarães.
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