Miguel Ramalho: Marcelo recorda "figura maior" da geologia nacional

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, lamentou hoje a morte do diretor do Museu Geológico de Lisboa, Miguel Ramalho, recordando uma "figura maior" da geologia em Portugal e um "empenhado defensor das questões da conservação" da Natureza.

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Lusa
09/03/2021 23:28 ‧ 09/03/2021 por Lusa

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Através de uma nota divulgada na página da Presidência da República na internet, Marcelo Rebelo de Sousa apresentou as "condolência à família e colegas" de Miguel Ramalho, "figura maior da geologia nacional".

O chefe de Estado recordou que "ao longo da sua vida Miguel Ramalho destacou-se também como empenhado defensor das questões da conservação da Natureza, nomeadamente relativas ao património geológico de Portugal".

O diretor do Museu Geológico de Lisboa, Miguel Ramalho, morreu, na segunda-feira, aos 83 anos, na capital, disse hoje à Lusa um familiar.

A irmã Margarida Ramalho, coordenadora científica do Museu de Vilar Formoso, realçou "o empenhado esforço" de Miguel Ramalho na defesa do museu, instalado no 2.º piso do antigo Convento de Jesus, onde está também a Academia de Ciências de Lisboa.

Margarida Ramalho disse à Lusa que espera que o museu "continue a sua missão com as características que tem, que é um laboratório de estudo", referindo o interesse que desperta nos investigadores estrangeiros.

Em janeiro de 2016 numa entrevista à Lusa, Miguel Ramalho lamentou que a instituição que dirigia se encontrasse "esquecida dos poderes públicos, que até a quiseram fazer desaparecer", tendo realçado a sua importância e atualidade.

O responsável trabalhava sem remuneração e salientou a importância da Geologia em áreas como o ordenamento do território, o reconhecimento de recursos minerais, nomeadamente de fontes de água, e referiu o debate atual sobre o aquecimento global, tendo considerado "essencial" conhecer "a terra que pisamos".

Na ocasião, Miguel Ramalho afirmou que "houve várias tentativas de fazer desaparecer o museu por parte de entidades públicas responsáveis pela Educação e a Cultura".

O museu detém coleções únicas no país, tendo a segunda mais importante na área da pré-história, logo após a do Museu Nacional de Arqueologia, e expõe mais de 4.000 peças, sendo o terceiro mais antigo da Europa, fundado na década de 1870.

"'Um museu que ensina' é o nosso lema", disse, há cinco anos, Miguel Ramalho.

O museu foi fundado pelo general Carlos Ribeiro (1813-1882), no âmbito da criação da Comissão Geológica do Reino, sob o forte empenho de Filipe Folque.

"Somos um museu pouco conhecido, que recebe mais elogios dos visitantes estrangeiros que visitas de nacionais", afirmou Ramalho, que enfatizou a importância da instituição.

Leia Também: Diretor do Museu Geológico de Lisboa Miguel Ramalho morre aos 83 anos

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