Refém Or Levy certificado como sefardita pela Comunidade Judaica do Porto

O refém Or Levy, que deverá ser libertado no sábado pelo movimento islamita Hamas, foi certificado como sefardita pela Comunidade Judaica do Porto, requisito necessário para adquirir cidadania portuguesa.

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© Bring Them Home Now / Handout via REUTERS

Lusa
07/02/2025 20:55 ‧ há 3 horas por Lusa

País

Médio Oriente

"Or Levy, que será libertado amanhã [sábado], foi certificado pela Comunidade Judaica do Porto, uma vez que os seus avós paternos falavam ladino e pertenciam a uma família sefardita tradicional de Istambul na Turquia, a qual tomou o caminho de Israel no século XX", disse à Lusa o presidente da comunidade, Gabriel Senderowicz.

 

De acordo com o responsável da Comunidade Judaica do Porto, em novembro de 2023 - quando Or já estava retido na Faixa de Gaza -, os seus representantes legais e a própria embaixada de Israel em Portugal "solicitaram à Conservatória dos Registos Centrais de Lisboa que instruísse o processo com urgência".

"Cremos que o requerente terá obtido a nacionalidade, uma vez que preenchia os requisitos legais", acrescentou Senderowicz.

O tio de Or Levy, referiu ainda, tem nacionalidade portuguesa.

"É um homem de grandes virtudes que queremos ver em breve a rezar na maior sinagoga de Sefarad", afirmou o presidente da Comunidade Judaica do Porto.

Or Levy, refém com ligações a Portugal, vai ser libertado no sábado

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A informação é avançada pelo gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu. Or Levy, com ligações a Portugal, foi feito refém no ataque de 7 de Outubro.

Notícias ao Minuto | 17:19 - 07/02/2025

Or Levy, 34 anos, é um dos três reféns que o Hamas deverá libertar no sábado, no âmbito do cessar-fogo em vigor na Faixa de Gaza.

Foi raptado no festival de música Nova durante o ataque sem precedentes do Hamas em território israelita, a 07 de outubro de 2023, tendo a sua mulher, Eynav, sido morta.

Os outros dois reféns a libertar são o germano-israelita Ohad Ben Ami, de 56 anos, raptado com a mulher, Raz Ben Ami (já libertada), do 'kibutz' (comunidade) Beeri, e Eli Sharabi, de 53 anos, que perdeu os filhos e a mulher no ataque do Hamas ao mesmo 'kibutz'.

Israel, por seu lado, vai libertar no sábado 183 prisioneiros palestinianos em troca dos três reféns israelitas, anunciou hoje uma organização não-governamental (ONG) em Ramallah, na Cisjordânia ocupada.

Segundo o Clube dos Prisioneiros Palestinianos, uma ONG responsável pela questão, o grupo a libertar integra "18 prisioneiros condenados à morte, 54 a longas penas e 111 detidos em Gaza depois de 07 de outubro [de 2023]", declarou Amani Sarahneh, porta-voz da organização, citado pelas agências internacionais.

No passado dia 01 foi libertado Ofer Calderon, luso-franco-israelita, que obteve a nacionalidade portuguesa pela sua origem sefardita, depois de ter sido feito refém, a 07 de outubro de 2023.

A troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos, este sábado, será a quinta desde a entrada em vigor da trégua, a 19 de janeiro, após 15 meses de guerra.

Até à data, foram libertados 18 reféns e cerca de 600 prisioneiros palestinianos.

Quinze meses de guerra entre o Hamas e Israel na Faixa de Gaza provocaram mais de 47.000 mortos e um elevado nível de destruição de infraestruturas no território controlado pelo grupo extremista palestiniano desde 2007.

A ofensiva israelita foi desencadeada por um ataque do Hamas contra Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e o rapto de 250 pessoas que foram levadas como reféns para a Faixa de Gaza.

Os combates cessaram em 19 de janeiro, no âmbito de um acordo de cessar-fogo negociado por vários mediadores (Estados Unidos, Qatar e Egito).

Leia Também: Israel vai libertar 183 prisioneiros no sábado em troca de três reféns

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