O diretor do Museu Geológico de Lisboa, Miguel Ramalho, morreu, na segunda-feira, aos 83 anos, na capital, disse na terça-feira à Lusa um familiar.
"Foi com tristeza que tomei conhecimento do falecimento do Professor Doutor Miguel Magalhães Ramalho, aos 83 anos, a quem tanto devemos na divulgação e valorização do património geológico do país", refere Eduardo Ferro Rodrigues, na mensagem de pesar a que a Lusa teve acesso.
O presidente do parlamento destaca o "invejável currículo" de Miguel Ramalho na área das Ciências Geológicas, recordando que foi professor assistente da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa entre 1959 e 1962, onde, em 1978, apresentou provas de agregação, e de que era professor catedrático convidado.
"No momento em que é conhecido o seu desaparecimento, quero também evocar o seu importante papel no movimento conservacionista e ambientalista, de que era uma das figuras mais admiradas", destaca ainda a segunda figura do Estado.
Miguel Magalhães Ramalho desempenhou funções de Investigador dos Serviços Geológicos de Portugal, a cujo Conselho de Gestão presidiu entre 1975 e 1978, bem como de Investigador-Coordenador do Instituto Geológico e Mineiro (que sucedeu aos Serviços Geológicos de Portugal), onde assumiu ainda a direção do Serviço de Cartografia Geológica, entre 1978 e 1992.
Depois de, entre 2003 e 2007, coordenar o Departamento de Geologia, a Litoteca e o Museu Geológico do Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Miguel Magalhães Ramalho assumiu o cargo de Diretor do Museu Geológico de Lisboa, "projeto que abraçou com entrega e esforço pessoal, dedicando-se muito em especial à divulgação das importantes coleções de paleontologia, de arqueologia pré-histórica e de minerais que o Museu alberga".
"À sua família e amigos, endereço, em meu nome e no da Assembleia da República, a manifestação do mais sentido pesar", refere ainda a mensagem de pesar.
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