Fonte do gabinete do autarca do BE (que tem um acordo de governação do concelho com o PS) disse à Lusa que o desconto deverá ser, "em média, de 10 euros por mês e, uma vez que o universo de aplicação desta tarifa é o mesmo da tarifa social da eletricidade, a redução de preço deve chegar a 32 mil agregados familiares".
"As pessoas com baixos rendimentos vão ter um desconto muito significativo de água, saneamento e resíduos que pode atingir os 65 a 70% da sua fatura anual", acrescentou a mesma fonte.
A Câmara de Lisboa, presidida por Fernando Medina (PS), discute na quinta-feira, em reunião privada, uma proposta para submeter à Assembleia Municipal a tarifa social da água, saneamento e resíduos "para utilizadores domésticos, dispensando requerimento e apresentação de qualquer documento comprovativo de situação de carência económica".
"Muitas famílias encontram-se hoje numa situação de carência económica, provocada ou agravada pelos efeitos económicos e sociais da pandemia covid-19 que ainda vivemos, o que as impossibilita de cumprir o pagamento das despesas fixas, entre elas a fatura de água", lê-se na proposta subscrita por Manuel Grilo.
Proteger "quem mais precisa" afigura-se, assim, "a primeira responsabilidade das autarquias", salienta o município no texto.
De acordo com a vereação do Bloco, o processo, depois de aprovado pela Assembleia Municipal, tem de ser remetido à Direção-Geral das Autarquias Locais e, posteriormente, a EPAL "tem dois meses para concluir o processo administrativo e aplicar o desconto na fatura às famílias".
"Contamos, por isso, que este desconto esteja ativo antes do verão", afirmou fonte do gabinete do vereador dos Direitos Sociais.
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