Covid-19. Governo já nomeou task force de ciências comportamentais

A task force de ciências comportamentais é composta por oito elementos da área académica e da saúde.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Filipa Matias Pereira com Lusa
19/03/2021 09:30 ‧ 19/03/2021 por Filipa Matias Pereira com Lusa

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Covid-19

Foi publicado, esta sexta-feira, em Diário da República o despacho que prevê a constituição de uma task force de ciências comportamentais no âmbito da pandemia. Os elementos, que vão assessorar o Governo quanto à melhor forma de passar a mensagem às populações sobre os comportamentos indicados para combater a Covid-19, não vão auferir qualquer remuneração. 

Considerando que o "comportamento humano tem um impacto decisivo no controlo da pandemia", o Governo considera determinante alcançar "um objetivo global de curto prazo", nomeadamente a "mudança de comportamentos individuais e coletivos". 

Para alcançar este objetivo, "é indispensável o contributo de estratégias sustentadas em evidência científica da área das ciências comportamentais e desenhadas e comunicadas tendo em conta as dificuldades e obstáculos que se colocam à adesão da população em geral e de grupos específicos". 

As mudanças comportamentais só "poderão ser alcançáveis com a aplicação estruturada da ciência comportamental, permitindo identificar, explicar, prever e intervir sobre comportamentos, tendo por base o estudo de flutuações" nas perceções do sistema social, nos comportamentos de prevenção dos riscos de contágio e nos fatores individuais, sociais e ambientais. 

Com efeito, foi então constituída uma task force composta por oito elementos da área académica e da saúde, da Direção-Geral da Saúde e dos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde.

Durante o mandato, que termina a 31 de dezembro de 2021, a esta task force competirá, entre outros aspetos, recolher, sintetizar e produzir evidência científica na área das ciências comportamentais aplicadas a contextos de pandemia, bem como prestar "apoio direto à tomada de decisão e formulação de recomendações para políticas públicas baseadas na evidência". 

O despacho diz também que este grupo de trabalho pode promover audição de organismos relevantes, como associações públicas profissionais e, sempre que entender necessário, solicitar o apoio de outros peritos ou de outras instituições.

A 'task force' deve produzir documentos que reflitam a evidência científica na área das ciências comportamentais aplicadas a contextos pandémicos, os modelos de comunicação adequados às tomadas de decisão neste contexto e propostas de iniciativas normativas consideradas necessárias e adequadas.

Este grupo de trabalho deverá depois elaborar um relatório das suas atividades, no máximo até final de janeiro de 2022.

Ressalva o despacho que "os elementos que participam na task force não auferem qualquer remuneração pelo exercício das suas funções, tendo direito à afetação de tempo específico para a realização dos trabalhos, quando aplicável".

[Notícia atualizada às 11h25]

Leia Também: AO MINUTO: Quem recusar AstraZeneca perde a vez; Haverá "verão normal"? 

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