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Camisola poveira? Autarquia contactou estilista americana mas sem sucesso

Peça está à venda na loja online da Tory Burch por 695 euros, sem qualquer referência à Póvoa de Varzim ou a Portugal. Presidente da Junta tentou contactar a estilista por várias vezes, mas sempre sem sucesso.

Camisola poveira? Autarquia contactou estilista americana mas sem sucesso
Notícias ao Minuto

15:48 - 25/03/21 por Notícias ao Minuto

País Póvoa de Varzim

A famosa camisola dos pescadores poveiros está a ser comercializada pela estilista norte-americana Tory Burch, como sendo de design próprio e por 695 euros, ou seja... dez vezes mais do que custa a original.

As semelhanças são evidentes, desde os caranguejos e outros motivos marítimos até à coroa da monarquia portuguesa, ao centro. 

Na loja online, a marca terá começado por apresentar a peça como uma túnica de inspiração mexicana. Mas, de acordo com o jornal Público, e depois de várias tentativas de contacto por parte da autarquia, embora nunca com resposta, a marca alterou a descrição do produto para “camisola túnica”.

Àquele jornal, o presidente da Junta da Póvoa de Varzim esclarece que chegou a enviar um e-mail ao departamento de desenvolvimento de novas criações da marca a questionar se teria havido algum erro, mas não obteve resposta. Ricardo Silva protestou ainda na página de Facebook da estilista, mas também sem sucesso.

A única alteração é que a peça deixou de ser descrita como sendo inspirada na baja mexicana – que muitas vezes é produzida com um grande bolso central, sob o peito, coisa que a camisola poveira não tem. De resto, não há nenhuma referência à origem efetiva da peça.

O processo de certificação da camisola poveira, feita à mão com bordados em ponto de cruz, decorre há seis meses. A peça é semelhante às tradicionais camisolas grossas de pescadores de vários pontos do mundo, mas inconfundíveis pelos bordados de linhas vermelhas e pretas com motivos marítimos e, muitas vezes, pelas siglas das famílias que as produziam nos serões, em casa.

Nas redes sociais, multiplicam-se as mensagens de protesto.

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