Madeira reforça fiscalização ao recolher obrigatório durante a Páscoa

O Governo da Madeira vai reforçar a fiscalização ao recolher obrigatório e às medidas de controlo sanitário da covid-19 durante a Páscoa, disse hoje o chefe do executivo, Miguel Albuquerque, sublinhando que não haverá "tolerância nenhuma".

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© Leonardo Negrão/Global Imagens

Lusa
26/03/2021 14:56 ‧ 26/03/2021 por Lusa

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Covid-19

 

"Os números estão a baixar, mas, neste período da Páscoa e logo a seguir à Páscoa, nós não vamos afrouxar", declarou o governante insular, reforçando: "O recolher obrigatório é para cumprir, porque não podemos afrouxar. É um sacrífico que não custa quase nada, atendendo à alternativa, que era fecharmos isto tudo".

Miguel Albuquerque falava à margem de uma visita a uma exploração agrícola no concelho da Ribeira Brava, zona oeste da ilha, dedicada à produção de hortícolas em estufa e que integra, também, áreas de bananeiras, anoneiras, figueiras e morangueiros.

"Não há tolerância nenhuma", afirmou, referindo-se ao reforço da fiscalização no período da Páscoa.

O Governo da Madeira, de coligação PSD/CDS-PP, decidiu prolongar até 05 de abril as medidas de controlo sanitário da pandemia de covid-19, bem como o recolher obrigatório entre as 19:00 e as 05:00 do dia seguinte durante a semana e entre as 18:00 e as 05:00 ao fim de semana.

No arquipélago, as atividades comerciais, industriais e de serviços, tal como a restauração, encerram durante a semana às 18:00 e aos fins de semana às 17:00, sendo que o horário de entrega de refeições ao domicílio decorre até às 22:00, todos os dias da semana.

Estas medidas estão em vigor desde janeiro.

"Temos de ter a noção do seguinte: estamos aqui no paraíso, entre aspas", disse Miguel Albuquerque.

E reforçou: "Lisboa está deserta, está toda a gente dentro de casa, e nós aqui temos a vida a funcionar. Se formos uma hora mais cedo para casa, ninguém morre por causa disso".

O chefe do executivo indicou, por outro lado, que o processo de vacinação contra a covid-19 na região autónoma deverá ficar concluído no mês de setembro, admitindo então alterações ao nível das medidas de controlo sanitário.

De acordo com os dados mais recentes, o arquipélago, com cerca de 260 mil habitantes, regista 501 casos de infeção pelo novo coronavírus, num total de 8.214 confirmados desde março de 2020, e 70 óbitos associados à doença.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.756.395 mortos no mundo, resultantes de mais de 125,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.819 pessoas dos 819.698 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: AO MINUTO: Cinco mortos nas últimas horas, n.º mais baixo desde outubro

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