A Direção-Geral da Saúde (DGS) e o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) divulgaram, este sábado, um relatório de monitorização das linhas vermelhas para a COVID-19, que passará a ser publicado semanalmente, às sextas-feiras. Entre os indicadores, destaca-se que o Rt no Algarve já está acima de 1 e que a variante britânica domina em Portugal. 

De acordo com as autoridades de saúde, o número de novos casos de infeção por SARS-CoV-2/ COVID-19 por 100.000 habitantes tem  vindo a diminuir, à exceção do Algarve. 

O índice  de  transmissibilidade (Rt) apresenta valores inferiores  a  1, quer a nível nacional (0,97), quer nas várias regiões de saúde do continente, com exceção do Algarve  (1,19). Observa-se "o  aumento  do  valor  do  Rt  desde  10  de fevereiro de 2021, com especial relevo na região do Algarve", pode ler-se no documento. 

O relatório versa também sobre o número diário de casos de COVID-19 internados em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) e, no continente, tem apresentado uma tendência decrescente. A 31 de março de 2021, refira-se, "o número de casos de COVID-19 internados em UCI foi de 129, valor inferior ao valor crítico definido (245 camas ocupadas)". 

A nível nacional, a proporção de testes positivos para SARS-CoV-2 foi de 2,0% (25 a 31 de março), sendo que este é um valor que se "mantém abaixo do objetivo definido de 4%". De referir que o total de testes realizados nos últimos sete dias foi de 15.2695.

A DGS e o INSA indicam ainda que a proporção de casos confirmados notificados com atraso mantém uma tendência decrescente. 

Na última semana, garantem as autoridades que os casos com Covid-19 foram "isolados em menos de 24 horas após a notificação, e foram rastreados e isolados 91,5% dos seus contactos". 

Quanto à prevalência das novas variantes do vírus, estima-se que a variante B.1.1.7 (associada  ao  Reino  Unido) represente atualmente 70,6% dos casos de infeção por SARS-CoV-2 no continente. Foram ainda diagnosticados 50 casos da variante B.1.351 (associada à África do Sul). 

"Após  inquérito  epidemiológico  não  foi  possível estabelecer  o  contexto  de transmissão  de  alguns  casos  (link  epidemiológico),  o  que  sugere  a possibilidade de transmissão comunitária, ainda que de muito baixa expressão", referem. 

Com efeito, a análise global dos diversos indicadores  "sugere  uma  situação  epidemiológica controlada, ou seja, transmissão comunitária de moderada intensidade e de reduzida pressão nos serviços de saúde nas próximas semanas". 

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