O processo do BPN em que Luís Filipe Vieira era suspeito dos crimes de burla qualificada, de falsificação e branqueamento de capitais foi arquivado, avança a TVI 24.
De acordo com o despacho do Departamento Central de Investigação e Ação Penal, que o canal de Queluz diz ter tido acesso, "não existem indícios suficientes da prática de crime".
A investigação surgiu depois de terem sido levantadas suspeitas de que o Grupo Inland, presidido por Luís Filipe Vieira, teria montado um esquema que lhe permitiu não pagar o crédito pedido e recebido do BPN.
O Ministério Público (MP) não descarta que o presidente do Benfica tivesse autorizado este esquema, mas considera que há uma "dúvida razoável" e por isso não leva Vieira a julgamento.
"Em abstrato e em tese geral, de acordo com as regras da experiência comum, poder-se-ia afirmar que, sendo o arguido Luís Filipe Vieira acionista maioritário e administrador com o pelouro financeiro da Inland, obviamente terá tido conhecimento e até autorizado a concretização dos factos. Todavia, um tal juízo, por no caso concreto lhe faltar a essencial concretização, não pode fundamentar a sua responsabilização criminal", revela o despacho.
Recorde-se que o processo de investigação foi aberto em 2009, após a nacionalização do BPN. Vieira era arguido devido a suspeitas relacionadas com uma das suas empresas, a Inland.
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