Sindicato dos Médicos quer "efetivo reforço" do investimento no SNS

O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) defendeu hoje um "efetivo reforço do investimento" no Serviço Nacional de Saúde (SNS), que permita a valorização da carreira e a contratação de mais clínicos para o setor público.

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Lusa
07/04/2021 18:41 ‧ 07/04/2021 por Lusa

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Médicos

 

Num comunicado para assinalar o Dia Mundial da Saúde, a estrutura sindical liderada por Jorge Roque da Cunha considerou que o reforço do Orçamento do Estado para o SNS permitiria a revisão salarial "prometida há 12 anos", no sentido de atrair e fixar médicos com concursos regulares e políticas de "verdadeiros incentivos".

Segundo o SIM, "num momento de extrema complexidade" devido à covid-19, a ministra da Saúde deve receber e ouvir os sindicatos dos médicos, enquanto representantes de "profissionais que têm revelado elevado sentido de responsabilidade e coragem" no combate à pandemia.

Recentemente, o primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo vai alocar parte importante do Programa de Recuperação e Resiliência à concretização de mudanças estruturais do SNS, que este ano vai dispor de um financiamento de 12.100 milhões de euros.

A 18 março, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, afirmou que entraram em 2020 para o Serviço Nacional de Saúde mais de 1.100 médicos e que, em janeiro, iniciaram a sua formação outros cerca de 3.900 clínicos.

O sindicato defendeu ainda a contratação de clínicos para as áreas dedicadas respiratórias (ADR) e `trace covid-19´, alegando que mais de 1.800 médicos de família estão a ser desviados para essas tarefas, ficando impedidos de seguir regularmente os seus doentes crónicos.

Além disso, o SIM pretende um investimento em instalações e equipamento para a prática clínica, com eliminação de tarefas burocráticas através da implementação de exames sem papel e a disponibilização automática de resultados.

O sindicato preconizou ainda a constituição de uma comissão técnica independente que identifique as razões dos "erros, atos e omissões da forma como se lidou com a pandemia", assim como o reforço de investimento em meios humanos e materiais da especialidade de saúde pública.

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