A dúvida instalou-se depois de um responsável da Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter confirmado a existência de "uma ligação" entre a vacina AstraZeneca/Oxford e os coágulos sanguíneos observados em alguns doentes após a sua administração e, mesmo depois da Agência ter tranquilizado a população, houve mesmo vários utentes a recusar levar a vacina da AstraZeneca ontem em Oeiras. Ainda assim, em geral, os portugueses seguem confiantes.
É pelo menos o que garante um estudo da Associação de Defesa do Consumidor (DECO), que mostra que, entre quatro países europeus, os portugueses são os mais confiantes.
O caso AstraZeneca trouxe dúvidas sobre a segurança das vacinas contra a covid-19, mas apenas 5% dos inquiridos recusam serem inoculados e 10% dizem que talvez não o sejam.
O inquérito, realizado entre 26 e 30 de março, foi feito online junto da população entre os 18 e os 74 anos em Portugal, Espanha, Itália e Bélgica.
Os resultados mostram que a confiança na vacina da AstraZeneca ficou abalada para 63% dos portugueses. Mas não foi a única a sofrer o embate: 41% dos inquiridos também reportaram um impacto negativo sobre as restantes.
Apesar da comoção social, se fossem convocados para serem inoculados na próxima semana, 59% dos portugueses aceitariam sem reservas. Outros 26%, apesar das dúvidas, provavelmente seguir-lhes-iam o exemplo.
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