"Saúdo as Câmaras Municipais e as federações desportivas, que estão a apresentar-se solidárias para comparticipar ou mesmo pagar a totalidade destes atletas. O IPDJ tem feito um grande esforço para canalizar para as federações desportivas o financiamento que não executaram fruto da pandemia. As federações estão agora mais musculadas para fazer face a esses compromissos", realçou.

O governante falou aos jornalistas à margem da cerimónia protocolar de abertura dos Europeus de judo, que decorrem na Altice Arena, em Lisboa, entre hoje e domingo, tendo sublinhado a relevância da próxima fase do desconfinamento no desporto, que permite o regresso da formação, após um ano parados devido à pandemia da covid-19.

Os treinos do desporto de formação, no lote de modalidades de médio risco, poderão voltar a partir de segunda-feira, na sequência do que já tinha confirmado, ainda em março, João Paulo Rebelo, cuja retoma da competição está prevista para a quarta fase de desconfinamento, a partir de 03 de maio.

"No desporto de formação, são dezenas de milhares de crianças e jovens que não competem ou treinam de forma livre há um ano. Os escalões de formação não terminaram a época desportiva passada e não iniciaram esta em curso. Portanto, a oportunidade que se abre a todos estes jovens atletas é muito relevante", afirmou.

João Paulo Rebelo recordou que "as autoridades de saúde pediram a realização de um teste rápido, que deve ser feito num varrimento geral a todos quantos iniciem agora esta época desportiva", lembrando que "todos os atletas seniores que já iniciaram a época não estão sujeitos a esta testagem".

"Nesta segunda-feira, vamos também ter a abertura do ensino secundário, onde os alunos vão ser testados com responsabilidade do Estado. Não necessitam de fazer novo teste para retomar a sua atividade desportiva", frisou.

O contributo das famílias na formação das crianças e jovens, através de mensalidades, "não acontece há um ano", lembrou também João Paulo Rebelo, que revelou receber "muitas mensagens de pais e famílias desejosas que os seus mais novos recomecem a sua prática desportiva".

"Portanto, penso que é um sacrifício exigível e que não será extraordinário", considerou.

Depois do regresso da prática de modalidades desportivas de baixo risco, e da atividade física em grupos de até quatro pessoas, em 05 de abril, o Conselho de Ministros decidiu confirmar o avançar das medidas de desconfinamento a partir de segunda-feira, dia 19, na "generalidade" do território nacional, face à pandemia de covid-19.

No lote de médio risco estão incluídas as principais modalidades coletivas, casos do andebol, basquetebol, futebol, futsal, hóquei em patins e voleibol, cujas divisões profissionais prosseguiram durante o segundo confinamento geral, em vigor desde 15 de janeiro.

Corfebol, futebol de praia, hóquei e hóquei em linha, polo aquático, aquatlon, hóquei subaquático e râguebi subaquático também regressarão ao ativo, assim como o râguebi em cadeira de rodas, que completará o leque de desportos para pessoas com deficiência.

Além das modalidades de médio risco, o Governo expande a atividade física ao ar livre até grupos de seis pessoas.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.987.891 mortos no mundo, resultantes de mais de 139 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.937 pessoas dos 829.911 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

Leia Também: AO MINUTO: Variante britânica ainda domina; UCI abaixo de valor crítico