O número de casamentos em 2020 atingiu 18.902, menos 14.370 do que no ano anterior, representando uma diminuição de 43,2%, segundo o INE, que atribuiu a redução às medidas decretadas por causa da pandemia de covid-19.
"Na última década, o número de casamentos esteve sempre acima dos 30.000 e, desde que há registos, nunca se verificou um valor tão baixo", salientou o INE, que atribuiu este número inédito à "declaração do primeiro estado de emergência no país, a 18 de março de 2020, e as respetivas medidas de contenção da pandemia".
O mês de abril de 2020 foi aquele em se verificou a maior descida, com apenas 117 casamentos realizados, menos 93,4% do que em 2019.
A quebra foi sentida sobretudo nas regiões do Algarve, em que houve menos 50,8% de casamentos em 2020, Centro (menos 46,4%) e Norte (menos 44,2%).
A grande maioria dos casamentos entre homens e mulheres (87,2%) foi apenas pelo civil, 12,3% realizaram-se pelo rito católico e 0,6% por outras formas religiosas, afirmou o INE, salientando que os dados devem ser lidos no âmbito das "limitações nas celebrações dos casamentos" impostas por causa da pandemia.
Ao todo, 18.457 casamentos realizaram-se entre homens e mulheres, 236 entre homens e 209 entre mulheres.
Em mais de metade dos casamentos (63,4%), as pessoas que se casaram já viviam juntas antes, uma tendência que tem vindo a crescer desde que se ultrapassou os 50% nesta situação, em 2013.
O INE registou também um aumento de situações de viuvez decorrente do aumento da mortalidade em 2020, indicando que 49.286 casamentos terminaram por morte de um dos cônjuges, mais 7,8% do que em 2019.
Essas situações deixaram 14.313 homens viúvos e 34.973 viúvas, o que reflete uma tendência comum, que se explica pela maior esperança de vida das mulheres.
[Notícia atualizada às 12h41]
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