Moradores denunciam sinistralidade na zona da Maternidade no Porto

Os moradores da zona do jardim do Largo da Maternidade Júlio Dinis, no Porto, denunciaram hoje os problemas de sinistralidade rodoviária naquele local e alertaram para o abandono do espaço público e de humidade nas casas do bairro Parceria e Antunes.

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Lusa
28/04/2021 17:39 ‧ 28/04/2021 por Lusa

País

Porto

Num encontro com a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, os moradores apontaram um conjunto de intervenções que consideram essenciais para aquela zona, nomeadamente no que diz respeito à segurança rodoviária.

José Faria contou que ainda no fim de semana registaram-se dois acidentes no cruzamento entre as ruas do Breiner, Adolfo Casais e Monteiro e o Largo da Maternidade Júlio Dinis, tendo um dos automóveis ficado com a frente destruída.

O problema, diz o morador, não é novo e coloca em causa a própria segurança dos moradores que reclamam a colocação de lombas e sinalização, nomeadamente semáforos.

José Faria alertou ainda para a ausência de sinalização a indicar a existência de um balneário público no Largo da Maternidade Júlio Dinis, sublinhando a importância daquele equipamento, encerrado para obras há mais de um mês, nomeadamente para a população em situação de sem-abrigo.

Em declarações à Lusa, a vereadora, que reuniu com os moradores a seu pedido, destacou ainda o estado de abandono do jardim, assinalando "o descuido" para com uma zona "tão frequentada" e central da cidade, quer pela sua proximidade do Centro Materno Infantil do Norte, quer ao Hospital de Santo António e à Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.

Quanto à sinistralidade na área, Ilda Figueiredo sublinhou a necessidade da colocação imediata de lombas e sinalização vertical, enquanto a autarquia estuda a colocação de semáforos.

A vereadora defendeu ainda a reabertura imediata do balneário público, sublinhando que, em contexto pandémico, esta também é uma questão de saúde pública.

Ilda Figueiredo ouviu também as queixas dos moradores do bairro 'Parceria e Antunes' que reclamam uma intervenção da empresa municipal de habitação - Domus Social.

Em declarações aos jornalistas, Silvia Ramos relatou ter problemas de humidade no quarto e na sala que, apesar das reclamações apresentadas, não tiveram resolução.

De acordo com a moradora, foi-lhe informado, em janeiro, que iria arrancar uma empreitada para resolver os problemas de humidade identificados, contudo, assinalou, até agora as obras não avançaram.

"No inverno caem-me pingas na cabeça quando estou a dormir", disse Silvia, considerando "inadmissível" que um bairro com apenas 15 anos tenha estes problemas.

Com uma renda que ronda os 300 euros mensais, também Inocência Folco, tal como Sílvia, denunciou a ausência de uma solução definitiva para o problema da humidade das casas que, acredita, pode ter como causa um problema "numa tela" na parte superior dos edifícios.

Sublinhando que estas queixas são transversais a outros bairros da cidade, Ilda Figueiredo disse que este é mais um exemplo das "obras de má qualidade" que tem vindo a ser feitas no parque habitacional do município.

De acordo com o 'site' da Domus Social, o Conjunto Habitacional 'Parceria e Antunes', situado na União das Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos, foi construído em 2005 e é constituído por 54 fogos.

Atualmente, residem no bairro cerca de 137 pessoas.

Em conversa com a vereadora da CDU na Câmara do Porto, os moradores contestaram ainda a "lixeira" existente em frente ao bairro e que, dizem, é responsável pelo aparecimento de ratazanas.

O local, que era um jardim, foi utilizado como estaleiro na altura das obras do Centro Materno Infantil, estando entaipado e ao abandono desde então.

Aos moradores, Ilda Figueiredo deixou a garantia de que vai levantar estas questões na próxima reunião do executivo agendada para segunda-feira.

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