Num encontro com a vereadora da CDU, Ilda Figueiredo, os moradores apontaram um conjunto de intervenções que consideram essenciais para aquela zona, nomeadamente no que diz respeito à segurança rodoviária.
José Faria contou que ainda no fim de semana registaram-se dois acidentes no cruzamento entre as ruas do Breiner, Adolfo Casais e Monteiro e o Largo da Maternidade Júlio Dinis, tendo um dos automóveis ficado com a frente destruída.
O problema, diz o morador, não é novo e coloca em causa a própria segurança dos moradores que reclamam a colocação de lombas e sinalização, nomeadamente semáforos.
José Faria alertou ainda para a ausência de sinalização a indicar a existência de um balneário público no Largo da Maternidade Júlio Dinis, sublinhando a importância daquele equipamento, encerrado para obras há mais de um mês, nomeadamente para a população em situação de sem-abrigo.
Em declarações à Lusa, a vereadora, que reuniu com os moradores a seu pedido, destacou ainda o estado de abandono do jardim, assinalando "o descuido" para com uma zona "tão frequentada" e central da cidade, quer pela sua proximidade do Centro Materno Infantil do Norte, quer ao Hospital de Santo António e à Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto.
Quanto à sinistralidade na área, Ilda Figueiredo sublinhou a necessidade da colocação imediata de lombas e sinalização vertical, enquanto a autarquia estuda a colocação de semáforos.
A vereadora defendeu ainda a reabertura imediata do balneário público, sublinhando que, em contexto pandémico, esta também é uma questão de saúde pública.
Ilda Figueiredo ouviu também as queixas dos moradores do bairro 'Parceria e Antunes' que reclamam uma intervenção da empresa municipal de habitação - Domus Social.
Em declarações aos jornalistas, Silvia Ramos relatou ter problemas de humidade no quarto e na sala que, apesar das reclamações apresentadas, não tiveram resolução.
De acordo com a moradora, foi-lhe informado, em janeiro, que iria arrancar uma empreitada para resolver os problemas de humidade identificados, contudo, assinalou, até agora as obras não avançaram.
"No inverno caem-me pingas na cabeça quando estou a dormir", disse Silvia, considerando "inadmissível" que um bairro com apenas 15 anos tenha estes problemas.
Com uma renda que ronda os 300 euros mensais, também Inocência Folco, tal como Sílvia, denunciou a ausência de uma solução definitiva para o problema da humidade das casas que, acredita, pode ter como causa um problema "numa tela" na parte superior dos edifícios.
Sublinhando que estas queixas são transversais a outros bairros da cidade, Ilda Figueiredo disse que este é mais um exemplo das "obras de má qualidade" que tem vindo a ser feitas no parque habitacional do município.
De acordo com o 'site' da Domus Social, o Conjunto Habitacional 'Parceria e Antunes', situado na União das Freguesias de Lordelo do Ouro e Massarelos, foi construído em 2005 e é constituído por 54 fogos.
Atualmente, residem no bairro cerca de 137 pessoas.
Em conversa com a vereadora da CDU na Câmara do Porto, os moradores contestaram ainda a "lixeira" existente em frente ao bairro e que, dizem, é responsável pelo aparecimento de ratazanas.
O local, que era um jardim, foi utilizado como estaleiro na altura das obras do Centro Materno Infantil, estando entaipado e ao abandono desde então.
Aos moradores, Ilda Figueiredo deixou a garantia de que vai levantar estas questões na próxima reunião do executivo agendada para segunda-feira.
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