Covid-19. Primeira fase da vacinação "praticamente concluída" nos Açores

A primeira fase do plano de vacinação contra a covid-19 nos Açores está "praticamente concluída", faltando apenas doentes acamados e outros que ainda não foi possível contactar, revelou hoje o diretor regional da Saúde.

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© Valery Sharifulin\TASS via Getty Images

Lusa
29/04/2021 20:09 ‧ 29/04/2021 por Lusa

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Covid-19

"Esta semana ficará praticamente concluída a primeira fase do processo de vacinação, com exceção de alguma vacinação ao domicílio, que ainda decorre, naturalmente das recusas que foram acontecendo a algumas pessoas que foram contactadas, e ainda em número significativo como sabemos, e também de pessoas que não atenderam o telefone quando foram contactadas", afirmou Berto Cabral, numa conferência de imprensa, em Angra do Heroísmo.

Segundo o portal de vacinação contra a covid-19 dos Açores, já foram administradas na região 79.589 doses de vacinas contra a covid-19, a 56.419 pessoas (22,9% da população, segundo os censos de 2011), das quais 23.170 com duas doses (9,4%).

Segundo o diretor regional da Saúde, só desde quinta-feira, foram administradas nos Açores 9.500 doses de vacinas contra a covid-19.

"O processo começa claramente a acelerar na Região Autónoma dos Açores e o que está previsto para o próximo mês é que tenhamos um maior número de vacinas a chegar à região", salientou.

Berto Cabral lamentou, no entanto, o atraso na chegada aos Açores de 10 mil doses de vacinas da AstraZeneca, que deveriam ter chegado esta semana e estão agora previstas para a próxima.

O diretor regional disse que a região continua também a aguardar informações sobre a data e quantidade do primeiro lote de vacinas da Janssen, estando para já apenas confirmadas 46.800 doses da Pfizer no decorrer do mês de maio.

A segunda fase da vacinação já arrancou nos Açores, mas Berto Cabral apelou às pessoas com mais de 75 anos e com as patologias integradas na primeira fase, que não tenham sido contactadas ou vacinadas, para que contactem os seus centros de saúde.

Na segunda fase, será dada prioridade às pessoas com Trissomia 21, com mais de 16 anos, às pessoas com idades entre os 74 e os 60 anos e, simultaneamente, às pessoas com idades entre os 59 e 16 anos com pelo menos uma das patologias identificados no plano.

"A vacinação das pessoas com as patologias de risco identificadas deve ser efetuada preferencialmente por faixas etárias decrescentes, sem prejuízo da vacinação em contextos específicos como medida de saúde pública", frisou o diretor regional da Saúde.

Entre as patologias previstas estão "doença pulmonar crónica, doença cardiovascular, doença hepática crónica, insuficiência renal crónica, diabetes, obesidade, transplantados, pessoas que façam terapia de imunossupressão, pessoas com neoplasias malignas ativas, um conjunto de doenças neurológicas e mentais e doenças lisossomais".

Só depois serão vacinadas as pessoas entre os 59 e os 16 anos, "por faixas etárias decrescentes".

Quem já esteve infetado há pelo menos seis meses também poderá ser vacinado, "de acordo com o grupo prioritário e faixa etária a que pertence", recebendo apenas uma dose, a menos que tenha imunossupressão.

Os Açores têm atualmente 228 casos ativos de infeção pelo novo coronavírus que provoca a doença covid-19, dos quais 217 em São Miguel, sete na ilha Terceira, três sem Santa Maria e um nas Flores.

Desde o início da pandemia foram diagnosticados na região 4.878 casos, tendo ocorrido 4.498 recuperações e 31 óbitos. Saíram do arquipélago sem terem sido dadas como curadas 78 pessoas e 43 apresentaram comprovativo de cura anterior.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.152.646 mortos no mundo, resultantes de mais de 149,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Em Portugal, morreram 16.974 pessoas dos 836.033 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

Leia Também: Covid-19. França identifica primeiro caso de variante originária da Índia

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