Reagindo à decisão de impor uma cerca sanitária às freguesias de São Teotónio e Longueira-Almograve, no concelho de Odemira (distrito de Beja), o município defende que "existiam condições objetivas para um desconfinamento geral do concelho, face à descida acentuada do número de casos de infeção e ao incremento da taxa de vacinação nos últimos 14 dias".
A autarquia considera mesmo que a imposição da cerca sanitária é "uma medida desproporcional ".
Perante a decisão do Governo, anunciada ontem ao final da tarde, a Câmara Municipal de Odemira reuniu de emergência e decidiu, nomeadamente, reivindicar a tomada de medidas imediatas para o apoio ao tecido económico local de Odemira, privado de desenvolver a sua atividade económica regular; assim como exigir a "urgente vacinação" de toda a população do concelho.
Paralelamente, o município pede "o ponto de situação urgente do cumprimento das medidas relativas ao alojamento de trabalhadores previsto na Resolução do Conselho de Ministros N.º 179/2019, de 24 de outubro, apelando à Assembleia da República e ao Governo, com caracter urgente, "produção de legislação que vise regular e estabelecer os limites de lotação por tipologia habitacional e um modelo de fiscalização e contraordenacional".
Por fim, o concelho alentejano pede ao Governo "a revisão da metodologia de cálculo dos indicadores de infeção que servem de base à decisão" tomada.
A autarquia manifesta solidariedade às freguesias em causa e garante "toda a disponibilidade, empenho e determinação em colaborar com todas as entidades, com o objetivo de superar no curto prazo esta situação excecional (...), por forma a que toda a normalidade regresse rapidamente a todo o concelho de Odemira".
Leia Também: AO MINUTO: Odemira aperta cerco. Havia "condições" para desconfinar