Segundo esclareceu, a testagem será realizada no âmbito de uma parceria entre a Câmara do Fundão, a Autoridade de Saúde e a Direção Regional de Agricultura, tudo em articulação com os produtores locais.
"Estamos a apelar aos produtores para que colaborem neste processo de testagem, sendo que entre as três entidades iremos disponibilizar meios para minimizar o impacto que essa ação possa ter no normal funcionamento da colheita, designadamente em termos de tempo", disse.
Miguel Gavinhos acrescentou que não haverá nenhum custo para os produtores ou para os trabalhadores, sendo os testes assegurados pela Autoridade Local de Saúde e pelo Município.
"Queremos garantir uma campanha segura e evitar desde o primeiro momento que haja algum surto de contágio", acrescentou, explicando que os testes já começaram, uma vez que as primeiras cerejas começam a ser colhidas por esta altura.
De acordo com o autarca, o processo também contribuirá para transmitir segurança aos fundanenses e aos consumidores.
Além disso, é mais um elemento que mostra que a marca "Cereja do Fundão" tem preocupações e segue práticas de responsabilidade social.
Esclarecendo que em média chegam ao Fundão entre 300 a 400 trabalhadores temporários, o vice-presidente referiu que o ideal seria testar o universo total destes trabalhadores, mas ressalvou que tal também depende da vontade dos envolvidos.
Questionado sobre as questões do alojamento, apontou que tem vindo a ser dado um "salto muito significativo" nessa componente e lembrou que a própria autarquia também tem procurado estabelecer melhores condições, tendo criado, em 2016, um Centro de Acolhimento de Trabalho Temporário, a que trabalhadores e empresas podem recorrer.
O Fundão, no distrito de Castelo Branco, é considerado como uma das maiores zonas de produção de cereja a nível nacional.
De acordo com um levantamento feito pela autarquia, a fileira da produção de cereja neste concelho (que inclui subprodutos e negócios associados) já representa mais de 20 milhões de euros por ano na economia local.
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