Os inquéritos "são respeitantes ao auxílio à imigração ilegal para efeitos de exploração laboral e tráfico de pessoas", disse fonte da Procuradoria, atualizando de 11 para 12 os inquéritos os que estão a ser investigados.
No domingo passado o presidente da Câmara de Odemira, José Alberto Guerreiro, disse aos jornalistas que já há dois anos apresentou uma denúncia na Polícia Judiciária sobre situações que considerou suspeitas e que estão na base da existência de "muitos trabalhadores migrantes no concelho".
A questão dos trabalhadores das estufas no concelho de Odemira tem sido muito debatida nos últimos dias, depois de duas freguesias de Odemira terem ficado em cerca sanitária devido à elevada incidência de covid-19 entre os imigrantes que trabalham na agricultura.
Na semana passada, em conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros, o primeiro-ministro, António Costa, sublinhou que "alguma população vive em situações de insalubridade habitacional inadmissível, com sobrelotação das habitações", relatando situações de "risco enorme para a saúde pública, além de uma violação gritante dos direitos humanos".
Na segunda-feira, fonte da Procuradoria-Geral da República (PGR) disse à Lusa que o Ministério Público de Odemira tinha em curso 11 inquéritos sobre auxílio à imigração ilegal para efeitos de exploração laboral.
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