Recuperação deve ser justa ou "muito dificilmente será verde e digital"

A ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, defendeu hoje que a recuperação económica deve ter em vista a construção de "um futuro justo", advertindo que, caso contrário, "muito dificilmente será verde e digital".

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Lusa
07/05/2021 18:40 ‧ 07/05/2021 por Lusa

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Mariana Vieira da Silva

 

Apontando que a crise provocada pela covid-19 "interrompeu um caminho de recuperação", a ministra Mariana Vieira da Silva sublinhou que a resposta a esta crise será "decisiva para o futuro", que deve ser "justo", vincou, pois, caso contrário, "muito dificilmente será verde e digital", advertiu.

"Falar de recuperação e resiliência é também falar de sistemas de proteção social mais fortes e mais preparados para o futuro, (...) rejeitando falsas dicotomias entre economia e sociedade", defendeu, durante a sessão de trabalho da Cimeira Social dedicada ao bem-estar e proteção social.

Estes sistemas de proteção social não só devem apoiar as crianças, como também "os mais velhos e a sua dignidade", além de garantirem que "as mulheres possam participar no mercado de trabalho".

"No fundo, para que todos possam prosperar. Essa é a importância história de estarmos aqui hoje (...). Para renovarmos os nossos votos, que, no fundo, são os nossos direitos (...) e garantir que estamos a construir um futuro onde ninguém fica para trás".

Embora admita que ainda "há trabalho de negociação" que tem de ser feito, uma vez que "os países não estão todos na mesma situação", Mariana Vieira da Silva sublinhou que os objetivos do plano de ação para a implementação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais "são muito ambiciosos" e que, "para alguns países, implicam um esforço significativo".

É certo que "uns quereriam ir mais rápido (...), outros mais devagar. Mas estão comprometidos com um caminho comum, que é um caminho ambicioso", disse, por fim.

A Cimeira Social decorre hoje no Porto com a presença de 24 dos 27 chefes de Estado e de Governo da União Europeia, reunidos para definir a agenda social da Europa para a próxima década.

Definida pela presidência portuguesa como ponto alto do semestre, a Cimeira Social tem no centro da agenda o plano de ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, apresentado pela Comissão Europeia em março, que prevê três grandes metas para 2030: ter pelo menos 78% da população empregada, 60% dos trabalhadores a receberem formação anualmente e retirar 15 milhões de pessoas, cinco milhões das quais crianças, em risco de pobreza e exclusão social.

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