Portugal com 0,15% de reações adversas em mais de três milhões de vacinas
Portugal apresenta apenas 0,15% de reações adversas num universo de mais de três milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 administradas. As dores musculares são o efeito secundário mais apontado e são as mulheres quem sofre mais com as reações colaterais.
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País Covid-19
O Infarmed divulgou, esta sexta-feira, o relatório das reações adversas (RAM) na sequência da vacinação contra a Covid-19 em Portugal. Em mais de três milhões de doses administradas, houve reações adversas em 0,15% dos casos, sendo as dores musculares o efeito mais apontado por quem já foi inoculado.
Uma análise atenta do documento permite concluir que é a Comirnaty, vacina da Pfizer/Biontech, que regista mais reações adversas (3.942), mas este é também o imunizante mais administrado em Portugal até à data (2.529.640 doses).
Em relação à Vaxzevria, vacina da AstraZeneca, foram administradas na população portuguesa 834.912 doses e foram reportadas 1.122 reações adversas. As 287.419 doses aplicadas da Moderna deram lugar a 295 queixas.
A vacina da Johnson & Johnson, Janssen-Cilag, começou a ser administrada em Portugal apenas há poucos dias, sendo que em 6.533 doses inoculadas não houve reações adversas a assinalar.
Esta é, como advoga o regulador português, uma "esperada relação entre o número de notificações e o número de doses administradas".
Tipos de reações adversas reportadas
Portugal já administrou 3.658.504 doses das diferentes vacinas contra a Covid-19 e, neste universo, foram reportadas 5.359 reações adversas. Isto significa que os efeitos adversos foram assinalados em 0,15% dos casos.
Saliente-se, ainda, que a maioria das reações adversas (2.997, o que corresponde a 55,92%) não são consideradas graves. Em relação aos casos graves não fatais reportados (2.328, o que corresponde 43,44%), aqui são incluídas situações em que os utentes correram risco de vida, sofreram incapacidade significativa, desenvolveram anomalias congénitas, tiveram de ser internados ou o seu internamento foi prolongado, entre outras.
Em Portugal também foram reportadas 34 reações fatais (0,63%), mas importa destacar que neste parâmetro se incluem "notificações de casos de morte ocorridos após a vacinação sem relação causal direta demonstrada com a vacina administrada". Estes casos, explica o Infarmed, "ocorreram maioritariamente em idosos que apresentam condições de saúde mais frágeis (alguns com diversas comorbilidades). A vacinação contra COVID-19 nestes grupos não reduzirá as mortes por outras causas, que continuarão a ocorrer".
Mulheres reportam mais efeitos secundários
Note-se que é na faixa etária dos 30 aos 39 anos que são reportadas mais reações não graves à vacina contra a Covid-19. Logo depois, o destaque vai para a faixa dos 40 aos 49 anos e, seguidamente, a dos 50 aos 59 anos.
Quanto às reações graves, destaca-se a faixa etária dos 40 aos 49 anos, que é 'acompanhada' de perto pela faixa dos 30 aos 39 anos.
De sublinhar que são as mulheres que apresentam mais queixas, tanto graves como não graves.
As dores musculares lideram a tabela das reações adversas mais notificadas, seguindo-se as cefaleias, a febre, a fadiga, as náuseas e os tremores.
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