"A ideia é a região acompanhar e, sobretudo, liderar projetos de transição digital", disse o governante, referindo que o objetivo é "começar a trabalhar com mais afinco" na aplicação da inteligência artificial para fins terapêuticos.
Miguel Albuquerque falava na apresentação do projeto ICU4COVID, um sistema de telemedicina ao nível dos cuidados intensivos, no Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal.
O ICU4COVID envolve 20 unidades hospitalares em vários países europeus e representa um investimento global de 10,4 milhões de euros, financiado a 100% pelo programa comunitário Horizonte 2020, sendo coordenado pelo UNINOVA - Instituto Desenvolvimento de Novas Tecnologias, em Portugal.
A Madeira foi escolhida para o desenvolvimento do projeto-piloto ao nível nacional, com a ligação de nove camas - quatro em cuidados intensivos e quatro no serviço de urgência, no Hospital do Funchal, e uma no centro de saúde do Porto Santo - a um 'cockpit' de monitorização central.
O sistema permite o acompanhamento dos doentes à distância e é tido como "solução inovadora" no contexto da atual pandemia de covid-19, sendo que o objetivo do projeto ICU4COVID é a criação de diversos eixos de telemedicina aplicada aos cuidados intensivos, espalhados pelo mundo.
"Este é o primeiro passo de um conjunto de projetos que vão ser alargados, tendo em vista aquele que é o nosso objetivo: colocar o Sesaram [Serviço de Saúde da Madeira] na linha da frente da modernização, da cooperação e da internacionalização", declarou Miguel Albuquerque.
O governante, que lidera o executivo de coligação PSD/CDS-PP, sublinhou ainda que o novo Hospital Central da Madeira, cuja construção deverá ter início este mês, vai dispor de uma área reservada à investigação e à ciência.
"Temos já alguns protocolos de cooperação com instituições nacionais e internacionais e uma das áreas que queremos trabalhar é a utilização da inteligência artificial para fins médicos", disse.
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