Numa curta mensagem publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, que tem como título "Presidente da República pronuncia-se sobre lamentável notícia", lê-se que Marcelo Rebelo de Sousa "regista o imediato pedido de desculpas da Agência Lusa quanto ao tratamento, a todos os títulos inaceitável, de uma deputada da Assembleia da República".
A Direção de Informação da Lusa divulgou uma nota aos clientes ao início da madrugada de hoje afirmando que "lamenta profundamente" a difusão desta notícia, na quinta-feira, em que a deputada do PS Romualda Fernandes foi identificada "de modo inaceitável, contra todas as regras éticas e profissionais constantes do Código Deontológico dos Jornalistas e do Livro de Estilo da Lusa".
Nessa nota, acrescentava-se que a Direção de Informação iria "proceder a uma investigação sobre o que aconteceu" e apresentava "as suas desculpas à deputada, ao Partido Socialista" e a "todos os clientes e leitores" da agência.
Hoje, a Direção de Informação informou que aceitou o pedido de demissão do editor de Política e que, "tendo em vista o dano moral e reputacional provocado na imagem da agência, instaurou um processo de averiguações" ao jornalista que redigiu a notícia, para "averiguar as circunstâncias" em que foi elaborada.
A Comissão de Trabalhadores da Lusa divulgou também um comunicado em que "condena profundamente o ato de discriminação e a sucessão de erros que culminou numa identificação indigna e inaceitável da deputada Romualda Fernandes, numa notícia da Lusa, que atenta contra todos os valores defendidos pela agência e seus trabalhadores".
"Este episódio é o oposto do trabalho, rigor, isenção, identidade e valores da agência em Portugal, nos países lusófonos e no resto do mundo. Mais do que regras jornalísticas, este episódio viola a dignidade humana", considera a Comissão de Trabalhadores, que pede "uma expedita averiguação, responsabilização e explicação do processo, de forma transparente, que mostre que a Lusa não tolera qualquer tipo de discriminação".
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