De acordo com o último relatório a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, datado de sexta-feira (14 de maio), foram notificadas 5.665 reações adversas, a maior parte (72,9%) referentes à vacina da Pfizer/BioNtech, com 4.129 casos, seguindo-se a da AstraZeneca (Vaxzevria), com 1.234, e a da Moderna, com 302.
O Infarmed sublinha, contudo, que "as reações adversas (RAM) notificadas não têm necessariamente uma relação causal com a vacina administrada".
Os dados do Infarmed indicam que por cada 1.000 doses administradas foram comunicadas 1,34 reações no caso da Pfizer, 1,05 no caso da AstraZeneca (Vaxzevria), 0,66 referentes à Moderna e 0,05 à vacina da Janssen.
No total de 4.655.370 doses administradas, o Infarmed registou 35 notificações de casos de morte em idosos com outras comorbilidades e em que não está demonstrada a relação causal com a vacina administrada.
"Estes casos ocorreram maioritariamente em idosos que apresentam condições de saúde mais frágeis (alguns com diversas comorbilidades). A vacinação contra a covid-19 nestes grupos não reduzirá as mortes por outras causas, que continuarão a ocorrer", sublinha o Infarmed.
Foram igualmente registados outros 2.418 casos graves e 3.212 não graves, refere o Infarmed, sublinhando que muitas das reações adversas a medicamentos classificadas como graves se referem a "casos de incapacidade temporária".
A maioria das reações notificadas ao Infarmed foram registadas em mulheres e, por faixas etárias, aquela que mais notificações tem é a dos 30 aos 49 anos.
As 10 reações mais notificadas referem-se a casos de dores musculares/articulares (2.620), cefaleias (1.717), febre (1.566), astenia/fraqueza/fadiga (965), náuseas (672), tremores (587), linfadenopatia (512), ou seja, alterações/aumento dos gânglios, eritema/aczema/rash (406) e parestesias (400), ou seja, sensação de formigueiro ou picadas.
No relatório, o Infarmed lembra ainda que a vasta maioria destas reações adversas a medicamentos "são observadas em geral em qualquer processo de vacinação".
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