"Nunca o papel da saúde, da medicina e da ciência foi tão reconhecido na sociedade. Acreditamos que o caminho e que as respostas do futuro estão na capacidade destas três áreas procurarem construir juntas o futuro", considera o bastonário da Ordem dos Médicos (OM), Miguel Guimarães, que preside também ao congresso.
A OM "quer continuar a estar do lado da solução e vai-se fazer deste encontro um palco de debate com oradores de grande qualidade que ajudarão a encontrar as melhores respostas", destaca o médico.
O encontro científico vai debater "A Ciência em tempo de pandemia", juntando, no Convento São Francisco, médicos, cientistas, personalidades de outros setores estruturantes e da sociedade civil, com o objetivo de antecipar e preparar os desafios.
"Estamos a organizar, pela primeira vez, um congresso de caráter mais científico, com os colégios das várias especialidades a promoverem momentos específicos para discutirem o estado da arte das suas áreas, o que será essencial para a atualização dos médicos e também para preparar o país em termos de políticas de saúde", salientou o bastonário da OM.
Segundo Miguel Guimarães, "colocar a liderança clínica no centro da mudança é a melhor homenagem que se pode fazer à qualidade, solidariedade e humanismo dos médicos, evidenciada com a pandemia".
Salientando que o congresso vai decorrer "num momento particularmente diferente" na vida de todos, o presidente da Secção Regional do Centro da OM, Carlos Cortes, frisa que a pandemia permitiu aprender "a importância da união em comunidade e da solidariedade de modo a enfrentar o desafio de uma crise sanitária, social e económica sem precedentes na atual escala global".
"Este é um congresso que pretende responder a todas as grandes questões levantadas em mais de um ano de pandemia e olhar para o futuro com esperança", assume o dirigente, salientando que o encontro científico é aberto a toda a sociedade, "porque irá focar muitos dos temas" que têm levantado preocupação a todos os setores da sociedade.
Nomes de relevo, tanto a nível nacional como internacional, estão no programa deste evento que, este ano, e pela primeira vez, pretende acrescentar ao congresso uma vertente mais científica, apresentando as mais recentes atualizações em cada uma das áreas de diferenciação da Medicina.
O coordenador do plano de vacinação contra a covid-19, Henrique de Gouveia e Melo, o presidente da Aliança Global para as Vacinas, Durão Barroso, e a diretora do Centro Europeu para a Prevenção e Controlo de Doenças, Andrea Ammon, são alguns dos participantes do Congresso Nacional da Ordem dos Médicos.
Em debate vão estar temas como "Pandemia: História, Ciência e Pessoas", "O Papel dos Médicos na pandemia", "Economia em Saúde - Desafios para o futuro", "Gestão em saúde - reajustar as políticas públicas de saúde por experiência da pandemia", "COVID-19 na Europa: perspetivas e abordagens", Pandemica MENTE - O Aqui e o Agora em Saúde Mental", "Variantes e capacidade de testagem" e "COVID-19: Desafios do processo global de vacinação".
Os intervenientes proferem as suas intervenções na antiga Igreja do Convento São Francisco, com transmissão em direto para os inscritos no congresso através de uma plataforma digital.
O congresso termina no dia 03 de junho com a entrega das Medalhas de Mérito da OM aos profissionais que, pela sua atividade e mérito pessoal, profissional, académico ou associativo "tenham contribuído de forma relevante para a dignificação da profissão médica, da Medicina em geral e da Humanidade".
Leia Também: Médicos de família admitem que recuperados podem passar a grupo de risco