A autarquia lisboeta aprovou hoje, em reunião privada do executivo, uma adenda ao protocolo com a Associação Nacional de Farmácias (ANF), alargando assim "o âmbito de prestação de serviços de testagem para a SARS-CoV-2".
A proposta teve os votos favoráveis do PS, PSD, CDS-PP, BE e a abstenção do PCP, indicou à agência Lusa fonte oficial da Câmara de Lisboa, presidida pelo socialista Fernando Medina.
A autarquia anunciou em 14 de abril que ia alargar a testagem gratuita nas farmácias à covid-19 a todos os moradores do concelho, deixando o programa -- iniciado em 31 de março - de estar limitado às freguesias com maior incidência da doença.
O município sublinha na proposta hoje aprovada que "identificaram-se, entretanto, populações que se deslocam diariamente para e na cidade de Lisboa que, devido à sua maior exposição, devem também ser contempladas no Plano Municipal de Testagem".
"Colaborando-se, assim, na capacidade de controlar a epidemia através da realização de testes de diagnóstico em larga escala, da deteção ativa e precoce dos casos que constituem elementos-chave para limitar a propagação da covid-19", acrescenta.
O alargamento do plano implica a disponibilização de testes rápidos de antigénio, nas farmácias de Lisboa aderentes, a "feirantes e comerciantes dos mercados municipais, trabalhadores das empresas que estão abrangidos pelo Programa Lisboa Protege, atletas/praticantes dos escalões de formação, inscritos nos clubes e coletividades do concelho, entre outras pessoas que venham a ser identificadas pela autarquia", lê-se no documento subscrito pelo vice-presidente da Câmara, João Paulo Saraiva (Cidadãos por Lisboa, eleito pelo PS).
A adesão aos testes é facultativa, não necessita de receita médica e não tem quaisquer encargos para os abrangidos.
Na sessão de hoje, os vereadores rejeitaram a disponibilização de testes à covid-19 "a todos os que, independentemente da sua origem, tenham participado nos festejos da vitória do campeonato de futebol pelo Sporting", na terça-feira, 11 de maio.
A proposta, apresentada pelo CDS-PP, contou com os votos favoráveis do partido proponente e do PSD, tendo PS, BE e PCP votado contra a medida.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.406.803 mortos no mundo, resultantes de mais de 164,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.013 pessoas dos 843.278 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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