A proposta de autorização surgiu depois das críticas dos vereadores do PS, PSD e CDU, que na reunião do executivo de 13 de maio acusaram a maioria municipal de falta de transparência na discussão das opções do traçado para a nova ponte D. António Francisco dos Santos, cujo custo, incluindo acessos, é de 36,9 milhões de euros - valor a que acrescem 1,63 milhões de euros para estudos.
Para o PSD, a localização da ponte foi "claramente mal escolhida" e por isso teve de ser revista, o que teve implicações, por exemplo, nos custos, "três vezes mais" do que o valor de 12 milhões de euros, anunciado aquando da apresentação do projeto em 2018.
Já PS e CDU lamentaram ter sido confrontados com uma decisão já tomada, salientando a necessidade de debate informado sobre o projeto, nomeadamente sobre questões como a localização ou o custo.
Em resposta às críticas, o presidente da autarquia, o independente Rui Moreira, deu indicações para adiar a assinatura do contrato para o lançamento do concurso para a nova ponte sobre o Douro, indicando que traria o assunto a votação.
Em declarações aos jornalistas, Rui Moreira acusou depois os vereadores da oposição de fazerem um "show político" desafiando-os a votar contra a proposta.
O Movimento de Rui Moreira, que lidera a autarquia, tem maioria no executivo, pelo que a aprovação da proposta não está dependente dos votos de PS, PSD e CDU.
A nova travessia sobre o Douro ficará a montante da Ponte D. Luís I, entre as pontes do Freixo (rodoviária) e de São João (ferroviária) e deverá estar concluída em 2025.
Na proposta que vai a concurso, a ponte terá uma extensão total de 625 metros, 300 dos quais sobre o rio, e um perfil transversal do tabuleiro de 21,50 metros, com separador central e duas faixas de rodagem com duas vias cada, uma ciclovia unidirecional em cada sentido, bem como, passeios.
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