"A diferença de risco entre escalões etários já não é tão significativa"

Especialista recorda que o plano de vacinação é "dinâmico" e que, na fase em que estamos, não é de estranhar que os maiores de 30 comecem a ser vacinados já em junho.

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Notícias ao Minuto
21/05/2021 22:32 ‧ 21/05/2021 por Notícias ao Minuto

País

Vacinação

Luís Graça, imunologista da Faculdade de Medicina de Lisboa e membro da Comissão Técnica de Vacinação contra a Covid-19 defendeu, esta sexta-feira, na SIC Notícias, que "a diferença de risco entre escalões etários já não é tão significativa" e que, por isso, não é de estranhar que os maiores de 30 comecem a ser vacinados já a partir de junho, ao mesmo tempo que as pessoas com mais de 50 e mais de 40 anos.

Para defender esta explicação, o especialista recordou que "o plano de vacinação sempre foi algo dinâmico, que deve ser adaptado às circunstâncias que estamos a viver e à medida que as vacinas vão sendo disponibilizadas".

"A situação atual é muito diferente da que vivíamos em janeiro. Felizmente, a maioria da população que é mais vulnerável a complicações graves desta infeção está protegida pela vacinação ou em vias de estar protegida pela vacinação", clarificou, acrescentando que "a partir de agora, a diferença de risco, entre os diferentes escalões etários não é tão significativa, apesar de continuar a existir".

Perante isto, de acordo com Luís Graça, "justifica-se que, pesando a aceleração do processo de vacinação e a manutenção de um processo rígido, por faixas etárias, faça sentido algum ajuste para uma aceleração da vacinação e para que as vacinas possam chegar mais depressa a uma quantidade maior da população".

Recorde-se que o coordenador da task force, Henrique Gouveia e Melo, revelou, ontem, em entrevista à Renascença que as pessoas com mais de 30 anos podem começar a ser vacinadas contra a Covid-19 em junho e que este processo deverá decorrer em simultâneo com a vacinação dos maiores de 40 e 50 anos, uma vez que o volume de vacinas "é muito grande".

Leia Também: AO MINUTO: 1,5 milhões de vacinados; Lisboa em risco de voltar atrás?

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