António Lacerda Sales anunciou, esta terça-feira, que o Governo vai avançar com uma testagem em massa em Lisboa e Vale do Tejo (LVT) e acelerar a vacinação contra a Covid-19 na região.
Assim sendo, a partir do dia 6 de junho, as pessoas com mais de 40 anos já podem ser vacinadas e, a partir do dia 20 do mesmo mês, os maiores de 30 também poderão agendar a inoculação da primeira dose da vacina contra a Covid-19.
"Haverá uma aceleração no processo de vacinação em Lisboa, começando com a faixa etária de 40 anos, a 6 de junho, e dos 30 anos, a partir de 20 de junho", disse o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, sustentando que por esta ser "uma área com uma grande densidade populacional, o processo de vacinação está mais atrasado em relação ao resto do país".
Incidência a aumentar nas faixas etárias dos 20 aos 40 anos
Já André Peralta Santos, da Direção-Geral da Saúde (DGS), revelou, durante a conferência de imprensa que teve lugar a partir da sede do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, em Lisboa, que a maior incidência concentra-se freguesias centrais do concelho. Apesar disso, realçou o responsável, esta também tem aumentado nas freguesias periféricas e noutros concelhos.
O Rt em LVT foi agora calculado em 1,14, apesar de, segundo o especialista, estar a verificar-se um "abrandamento" nesse crescimento e, em alguns casos, a incidência começa também a diminuir.
Quanto a faixas etárias, Peralta Santos revelou que a "incidência está a aumentar sobretudo entre os 20 e os 40 anos".
Antes de terminar a sua intervenção, o especialista da DGS avisou que, se a evolução epidemiológica continuar a evoluir como até agora, Lisboa pode atingir os 240 novos casos por 100 mil habitantes dentro de duas a três semanas.
"Há um crescimento da incidência em Lisboa desde o início de maio. Se o crescimento se mantiver é possível que a região atinja o patamar dos 240 casos por cem mil habitantes nas próximas duas a três semanas", sublinhou.
Reforço e antecipação da testagem
Já Fernando Almeida, presidente do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), reiterou que a testagem já está a ser reforçada em Lisboa e antecipada em vários locais, como por exemplo, nas escolas, "já a 27 de maio".
Nos concelhos com mais de 120 casos em 14 dias por 100 mil habitantes, o reforço da testagem avança entre 31 de maio e 1 de junho.
Em relação às populações vulneráveis, o responsável do INSA prometeu atenção redobrada para a população migrante e refugiada, onde a testagem também vai ser redobrada.
zonas de concentração de convívio, como por exemplo, Avenida 24 de Julho, Cais do Sodré, Bairro Alto e miradouro de São Pedro de Alcântara, existirão unidades móveis para "testar e sensibilizar" para as medidas de proteção individual. Nas zonas de grande circulação, haverá postos móveis de testagem, incluindo na Gare do Oriente.
A partir do dia 28, inicia-se também "um programa de sensibilização e de testagem" junto dos prestadores dos serviços de entregas, táxis e transporte em veículos descaracterizados a partir de plataformas eletrónicas (TVDE).
"Quer isto dizer que vamos testar em proximidade nos locais onde estes profissionais exercem a sua profissão, em colaboração com a Câmara Municipal de Lisboa", referiu Fernando Almeida, sublinhando também a articulação, neste processo, com o Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) e laboratórios privados.
O reforço da testagem incide também a partir do dia 31 de maio, com equipas móveis, nos setores da restauração, comércio, hotelaria e feiras, não numa lógica de "restaurante a restaurante, mas em regiões com aglomerados de restaurantes típicos".
Reveja aqui a conferência de imprensa:
[Notícia atualizada às 19h56]
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