O documento foi discutido e votado na reunião pública do executivo municipal, a decorrer esta tarde por videoconferência.
A autarquia lisboeta já havia anunciado, há cerca de três semanas, que o concurso das marchas populares não terá lugar este ano e a pretensão de atribuir metade do subsídio habitual, 15.000, a cada entidade organizadora.
"Tendo em conta o atual contexto pandémico e devido às restrições de saúde pública que ainda se mantêm, é com particular tristeza que a Câmara Municipal de Lisboa informa que não será possível realizar este ano o Concurso das Marchas Populares que habitualmente decorre no mês de junho", indicava o município em comunicado.
Apesar de não haver concurso, e "ciente do impacto económico, social e emocional na comunidade, a autarquia, presidida por Fernando Medina (PS), decidiu atribuir a cada entidade organizadora das marchas o valor correspondente a metade do subsídio habitual para minorar o prejuízo económico.
Este apoio extraordinário, cujo valor global é de 420 mil euros, abrange as 28 entidades que apresentaram candidatura ao concurso de 2019.
Já no ano passado, a autarquia tinha cancelado as marchas populares de Lisboa -- que se realizam desde o século XVIII, mas têm uma vertente competitiva desde 1932 -, bem como os arraiais de Santo António, ambos integrados nas festas da cidade, devido à pandemia.
Na véspera do dia de Santo António, milhares de pessoas participam habitualmente nas festas, inclusive para assistir ao desfile das marchas, na Avenida da Liberdade.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.475.079 mortos no mundo, resultantes de mais de 167,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.021 pessoas dos 845.840 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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