Governo vai investir 900 milhões no Plano de Recuperação de Aprendizagens
O Plano de Recuperação de Aprendizagens do Governo vai envolver um investimento de cerca de 900 milhões de euros, anunciou o ministro da Educação, sublinhando que as medidas e recomendações desenhadas estão agora nas mãos das escolas.
© Lusa
País Ensino
O 'Plano 21|23 Escola +', para a recuperação das aprendizagens afetadas durante os últimos dois anos letivos pelos períodos de confinamento devido à pandemia da covid-19, em que os alunos estiveram em regime de ensino a distância, foi hoje apresentado pelo ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues na sede do Agrupamento de Escolas Dr. Azevedo Neves, na Amadora, e na data em que se assinala o Dia Mundial da Criança.
No âmbito deste plano plurianual, o Governo vai investir um total de cerca de 900 milhões de euros, que incluem 140 milhões para o reforço de recursos humanos nas escolas, 43,5 milhões para a formação dos professores e não docentes, 47,3 milhões para o aumento dos recursos digitais e 670 milhões para a modernização dos equipamentos e infraestruturas das escolas.
Segundo o ministro da Educação, as grandes prioridades serão "ensinar e aprender", "apoiar as comunidades educativas" e "conhecer e avaliar", sempre de olhos postos no sucesso, na inclusão e na cidadania.
"Este é um plano que está centrado na aprendizagem, no desenvolvimento de competências de forma integrada e plural, procurando medidas e disponibilizando recursos", explicou Tiago Brandão Rodrigues, recordando que as medidas e recomendações desenhadas resultam de um processo de auscultação que envolveu diversos intervenientes.
Para os próximos dois anos letivos, o Ministério da Educação estabeleceu um conjunto de objetivos que passam, além da recuperação das aprendizagens e das competências mais afetadas durante o ensino a distância, a diversificação das estratégias de ensino e o investimento no bem-estar social e emocional.
Por outro lado, uma das expressões mais repetidas pelo governante durante a apresentação foi autonomia e confiança no sistema educativo.
"A importância de confiar nas escolas e nos seus profissionais foi absolutamente consensual", relatou, explicando que esse princípio está refletido no plano, por exemplo, na autonomia curricular, no incremento da gestão flexível das turmas, na promoção de um trabalho interdisciplinar ou na própria organização semestral do calendário escolar dentro do mesmo município.
O plano pretende também promover o envolvimento de toda a comunidade educativa, a capacitação dos profissionais, através do reforço de recursos e meios, estando ainda prevista a monitorização, através da avaliação do impacto e eficiência das medidas.
Depois da apresentação do documento, o Ministério da Educação vai ainda ouvir os parceiros antes da aprovação final do plano de recuperação de aprendizagens.
[Notícia atualizada às 18h48]
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