Para assinalar o Dia da Criança, a Ordem dos Psicólogos Portugueses foi perguntar a várias crianças como se sentiram durante a pandemia.
Num vídeo divulgado pela ordem profissional esta terça-feira, os mais novos revelaram como viveram e como lidaram a nível psicológico com a crise sanitária.
Entre os vários testemunhos, todos de crianças a frequentarem o quarto ano de escolaridade, Mia explicou que, para si, o mais difícil foram as "saudades de algumas coisas que fazia e da família".
Já Leonor garantiu que se sentiu "triste" porque não esteve "com as pessoas de quem realmente" gosta.
"Às vezes estava confusa com os pensamentos todos a rodearem a minha cabeça, porque ao mesmo tempo nuns momentos estava feliz e noutros triste", admitiu Margarida.
Sobre como promoveram a sua saúde mental - conceito que definem na maioria como o cuidar dos sentimentos e da mente -, os mais novos demonstraram que já têm uma forte consciência sobre a importância, a matéria e revelaram até técnicas e estratégias que usam para combater a ansiedade, isolamento ou tristeza.
Rafael afirmou que se devem "fazer coisas que nos animem, como jogar jogos de tabuleiro, ver filmes e ir à praia".
Mariana apontou que "há várias técnicas para nos acalmarmos", como por exemplo, "a da bola antisstress ou da tela, para quando estamos com raiva pintarmos e expressarmo-nos".
A acompanhar o vídeo, a Ordem dos Psicólogos Portugueses voltou a alertar para o facto de que a pandemia "alterou as rotinas das crianças e confrontou-as com a incerteza, o medo e a ansiedade".
"Está nas nossas mãos ajudar e contribuir para que as crianças continuem a desenvolver-se com saúde psicológica e bem-estar", apelou ainda a ordem profissional.
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