Governo confirma: Lisboa e Braga não avançam no desconfinamento

O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, anunciou hoje que os concelhos de Lisboa e Braga não vão avançar para a próxima fase de desconfinamento devido ao número de casos de covid-19.

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Lusa
09/06/2021 13:40 ‧ 09/06/2021 por Lusa

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Covid-19

 

Em Braga, no final de uma visita ao hospital local, Lacerda Sales disse aos jornalistas que aqueles concelhos se manterão no estádio em que se encontram atualmente.

"Não vão avançar, não vão recuar, vão-se manter na situação em que estão", afirmou.

Na terça-feira, durante o habitual espaço de comentário na TVI24, o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, já tinha dito que o concelho não avançaria para a fase seguinte do desconfinamento.

Fernando Medina considerou que a cidade "está numa situação que não é fácil", uma vez que "o número de casos [do covid-19] excedeu o patamar dos 120 [contágios por 100.000 habitantes]".

Durante a última semana, o número de infeções na capital "continuou a progredir, embora a um ritmo mais lento".

Hoje, em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, disse que já era expectável que o concelho não avançasse, face ao número de casos de infeção registados nas últimas semanas.

Segundo o autarca, o número de casos no concelho por 100 mil habitantes ultrapassa os 170.

Os últimos dias, o número de novos casos diários em andado à volta dos 20.

"Nenhuma surpresa [no não avanço do desconfinamento]. Braga já estava a registar um número de ocorrências que nos punha acima deste patamar de forma sustentada", referiu o autarca.

No Conselho de Ministros de quarta-feira passada, o Governo decidiu manter a atual matriz de risco, mas passa a diferenciar os territórios de baixa densidade populacional, em relação aos restantes, que só recuam no desconfinamento se excederem o dobro do limiar de risco atualmente fixado.

Assim, os territórios de baixa densidade populacional só recuam no desconfinamento se excederem o dobro do limiar de risco atualmente fixado, ou seja, em vez de 120 casos de covid-19 por 100 mil habitantes passam para 240 casos por 100 mil habitantes.

A atual matriz de risco é composta por dois critérios: o índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus SARS-Cov-2, que provoca a doença covid-19, e a taxa de incidência de novos casos de infeção por 100 mil habitantes a 14 dias, indicadores que têm servido de base à avaliação do Governo sobre o processo de alívio das restrições iniciado a 15 de março.

 

Leia Também: AO MINUTO: "Lisboa não pode ser tratada de forma diferente", diz Costa

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