Teve síndrome de transudação capilar? Não deve tomar AstraZeneca

O Infarmed alerta que pessoas com historial de síndrome de transudação capilar não devem tomar a vacina contra a Covid-19 da AstraZeneca.

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Filipa Matias Pereira
12/06/2021 09:35 ‧ 12/06/2021 por Filipa Matias Pereira

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Covid-19

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) concluiu que pessoas que já tiveram síndrome de transudação capilar (CLS, em inglês) não devem ser vacinadas com a Vaxzevria (vacina da AstraZeneca). O regulador europeu defende que esta esta síndrome deve ser adicionada ao folheto informativo como um novo efeito indesejável da vacina. 

Em comunicado divulgado na sexta-feira, o Infarmed revelou que a Agência Europeia de Medicamentos levou a cabo uma análise aprofundada de seis casos de CLS em pessoas que foram vacinadas com a AstraZeneca. A maioria destes casos ocorreu em mulheres e até quatro dias após a vacinação. Três destes casos tinham antecedentes da síndrome e um dos casos teve, aliás, "um desfecho fatal". 

O regulador português detalha que a síndrome de transudação capilar "é uma doença muito rara, mas grave, sendo caracterizada por extravasão de fluídos de pequenos vasos sanguíneos (capilares) para os tecidos circundantes, resultando em edema, principalmente nos braços e pernas, queda da pressão arterial, espessamento sanguíneo e diminuição dos níveis de albumina".

Os profissionais de saúde devem, pois, estar "cientes dos sinais e sintomas da CLS e do risco de recorrência em pessoas que tenham sido previamente diagnosticadas com esta doença". 

As pessoas a quem foi administrado este imunizante devem procurar assistência médica imediata se tiverem "edema súbito dos braços e pernas ou aumento repentino de peso nos dias seguintes à vacinação. Estes sintomas estão com frequência associados à sensação de desmaio (diminuição da pressão arterial)".

O Comité de Avaliação do Risco em Farmacovigilância (PRAC) da EMA pediu à AstraZeneca informações adicionais sobre um possível mecanismo para o desenvolvimento desta doença após vacinação.

Aos profissionais de saúde, o Infarmed explica que os doentes com um "episódio agudo de CLS após a vacinação requerem tratamento imediato e podem necessitar de acompanhamento especializado e de terapia de suporte intensiva".

Ao público em geral, o Infarmed garante que "ocorreu um número muito reduzido de casos de síndrome de transudação capilar em pessoas vacinadas com Vaxzevria" e adverte que, "se teve previamente CLS, não deverá tomar esta vacina".

Leia Também: Infarmed alerta para erro na posologia de medicamento para a próstata

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