"Não sabemos até quanto de internamentos e óbitos é que pode aumentar"

Tiago Correia, professor de saúde pública internacional, analisou o aumento de casos de Covid-19 em Portugal.

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© Facebook / Tiago Correia

Natacha Nunes Costa
16/06/2021 16:41 ‧ 16/06/2021 por Natacha Nunes Costa

País

Covid-19

O professor de saúde pública internacional Tiago Correia explicou, esta quarta-feira, na SIC Notícias, que, nesta fase da pandemia, não se sabe o real impacto da subida dos casos de Covid-19 em Portugal nos serviços hospitalares e no número de mortes.

"Estamos numa nova fase da pandemia e, portanto, não sabemos como é que este aumento de casos se vai traduzir nos serviços de saúde. Nós sabíamos isso no passado. Sabíamos que o aumento de casos obrigatoriamente iria traduzir-se em internamentos e em óbitos. Agora não temos bem a certeza até quanto de internamentos e de óbitos é que pode aumentar", sublinhou.

O que se sabe, de acordo com especialista, é que "os casos estão a aumentar e vão aumentar", principalmente, em Lisboa e Vale do Tejo onde a pressão é maior e onde "tem tendência para crescer nos próximos dias e nas próximas semanas".

"Eu dizia a semana passada que entre ontem e hoje é que nós iríamos ter uma real perceção do que é que estava a acontecer porque sabíamos que estávamos numa tendência de crescimento. Tivemos os feriados, sabemos que aí os contactos aumentam e a testagem baixa e pronto, estamos agora a começar a ter um vislumbre sobre a situação. Este crescimento que estamos agora a ver está em linha com aquilo que se esperaria", notou Tiago Correia.

Antes de terminar a sua intervenção, o docente deixou ainda um alerta: "As pessoas, quando não têm as duas tomas da vacina, não estão totalmente protegidas e este totalmente protegidas também é relativo porque as vacinas não são 100% eficazes, mas sabemos que nas várias vacinas, de duas tomas, uma toma apenas não é suficiente para proteger de forma significativa. As pessoas de ter um agravamento do seu estado de saúde".

Leia Também: AO MINUTO: Lisboa é "caldo" para contágios. Doentes internados estudados?

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