A equipa militar não chegou a reforçar a vacinação em São Miguel porque a "capacidade instalada" naquela ilha é "suficiente", adiantou à Lusa o secretário da Saúde do Governo dos Açores.
Em nota de imprensa, o Estado-Maior General das Forças Armadas refere que a equipa composta por dois médicos, seis enfermeiros e um farmacêutico estiveram de 06 a 20 junho a apoiar o processo regional de vacinação nas ilhas açorianas sem hospital.
"Durante este período, os militares vacinaram mais de 6.700 pessoas, nos centros de vacinação das ilhas de Santa Maria, Flores, Graciosa, São Jorge e Pico, em colaboração com as entidades de saúde locais", lê-se no comunicado.
Em 14 de junho, o presidente do Governo dos Açores, o social-democrata José Manuel Bolieiro, admitiu a possibilidade de aquela equipa militar participar, também, no reforço da vacinação em São Miguel, ilha que regista o maior número de casos de covid-19.
Em declarações à agência Lusa, o secretário regional da Saúde, Clélio Meneses, afirmou que a equipa de saúde das Forças Armadas não chegou a participar no processo de vacinação na maior ilha açoriana porque, "neste momento", a "capacidade instalada é suficiente para as vacinas" ao dispor da região.
"A capacidade instalada, quer por parte da Unidade de Saúde da ilha de São Miguel, quer por parte do Hospital Divino Espírito Santo e da bolsa de enfermeiros, é suficiente para administrar as vacinas neste período", declarou Clélio Meneses.
O governante voltou a lembrar que está prevista a chegada de cerca de 25 mil vacinas à ilha de São Miguel nos próximos dias.
O secretário regional da Saúde do Governo dos Açores enalteceu ainda o trabalho "fundamental" da equipa militar no apoio à vacinação.
"Neste momento, o que temos é de agradecer aquilo que foi o extraordinário trabalho desenvolvido em cooperação com a capacidade local instalada nesta operação", assinalou.
A equipa militar integrou a "Operação Periferia", lançada pelo Governo Regional para assegurar a vacinação em massa das ilhas sem hospital: Flores, São Jorge, Graciosa, Pico e Santa Maria.
A Operação Periferia arrancou em 06 de junho na ilha de Santa Maria e terminou no domingo, dia 20, na ilha do Pico.
A mais pequena ilha açoriana, o Corvo, já tinha sido alvo de um processo de vacinação em Fevereiro e Março, que permitiu inocular 89% da população vacinável da ilha, segundo dados da Autoridade de Saúde.
O arquipélago conta presentemente com 347 casos ativos de covid-19, sendo 323 em São Miguel, 13 na Terceira, nove no Faial, um em Santa Maria e um em São Jorge.
Desde o início da pandemia foram diagnosticados nos Açores 6.122 casos positivos de covid-19, tendo recuperado da doença 5.607 pessoas e falecido 33.
Quanto ao Plano Regional de Vacinação, a Autoridade de Saúde dos Açores informou hoje que, desde 31 de dezembro de 2020 e até 17 de junho, foram administradas nos Açores um total de "187.119 doses de vacina contra a covid-19, correspondentes a 109.258 pessoas com 16 ou mais anos com a primeira dose e 77.861 pessoas com ambas as doses".
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.868.393 mortos no mundo, resultantes de mais de 178,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.068 pessoas em 865.806 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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