Esta é uma das decisões que constam das conclusões da reunião semanal do executivo madeirense de coligação PSD/CDS, que decorreu na presidência, na Quinta Vigia.
O governo insular decidiu "manter as medidas de controlo sanitário ao abrigo da situação de calamidade, nomeadamente prolongando em julho as mesmas práticas que decorrem em junho relativamente aos testes nos aeroportos da região, aos viajantes", lê-se no texto.
"Desta forma, continuarão a ser obrigatórios os testes PCR", complementa.
A medida já tinha sido avançada na quarta-feira pelo presidente do Governo Regional, o social-democrata Miguel Albuquerque, à margem de uma visita a uma empresa elétrica.
Hoje de manhã, o chefe do executivo madeirense reafirmou esta intenção, frisando que, "neste momento, o único imperativo que existe é um teste PCR à entrada" na região.
O responsável explicou que será assim revogada a medida anunciada há dias, que autorizava a apresentação apenas do teste rápido antigénio para se entrar na região, prevista para entrar em vigor no dia 01 de julho.
"Neste momento, estamos a analisar com a Direção Regional da Saúde se vamos reintroduzir ou não -- por enquanto ainda não - a obrigatoriedade de fazermos o segundo teste ao fim de cinco dias", argumentou.
Albuquerque salientou que as decisões serão tomadas tendo em conta "a evolução da pandemia, porque, sobretudo na zona da Grande Lisboa, neste momento, está a atingir números muito preocupantes".
O presidente do Governo Regional apontou que "Portugal nas últimas 24 horas teve 1.497 casos, já com três mortos, e mais de 60% é na zona da grande Lisboa".
O líder madeirense destacou ser necessário ponderar a situação visto que a região vai registar "uma reabertura e crescimento grande, no próximo mês, do turismo continental".
"Temos que acautelar a nossa população", vincou.
Os números divulgados na quarta-feira pela Direção Regional da Saúde indicam que a Madeira registou 11 novos casos de covid-19 e seis doentes recuperados, contabilizando o arquipélago 72 situações de infeção ativas.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos 3.893.974 vítimas em todo o mundo, resultantes de mais de 179.516.790 casos de infeção diagnosticados oficialmente, segundo o balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 17.079 pessoas e foram confirmados 869.879 casos de infeção, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Do texto das deliberações do Conselho do Governo da Madeira consta ainda a adjudicação por mais de 1,1 ME da empreitada designada como "Centro de Saúde do Arco da Calheta -- Beneficiação e Ampliação" à Tecnovia Madeira, pelo prazo de 360 dias.
Foi também autorizado criar uma linha de crédito a juro bonificado na ordem dos 2,8 ME, dirigida às agroindústrias da transformação da cana-de-açúcar, visando permitir, durante a campanha de 2021, o pagamento atempado aos agricultores fornecedores desta produção, destinada à produção de rum agrícola e do mel de cana-de-açúcar.
O executivo insular ainda decidiu viabilizar o arrendamento de seis moradias, de tipologias diversificadas, nos concelhos do Funchal e Câmara de Lobos, necessários ao realojamento de seis famílias, na sequência da obra de construção do novo hospital da Madeira.
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