O Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) tem vindo a levar a cabo "um estudo de grande dimensão relativo à resposta imune humoral (mediada por anticorpos) e celular (mediada por linfócitos T)" à vacina Covid-19. Em comunicado, o hospital apresentou, esta sexta-feira, as conclusões.
O estudo, realizado em todos os cerca de nove mil funcionários da unidade de saúde, revelou que, até ao momento, "a resposta humoral foi adequada em 97,7% da população estudada".
A investigação, que se traduz numa avaliação passados três meses da conclusão da vacinação completa, demonstrou também que o "título médio de anticorpos em resposta à vacina vai diminuindo com a idade", sendo esta descida mais marcada nos homens.
Mais. De acordo com o estudo, verificou-se que a resposta humoral à vacina "é mais acentuada" em pessoas que estiveram anteriormente infetadas com o novo coronavírus.
Após os três meses da vacinação, registou-se ainda "uma acentuada descida dos anticorpos", mais expressiva, mais uma vez, em pessoas que nunca tinham contraído o novo coronavírus, "o que poderá não ser forçosamente sinónimo de perda de imunidade, já que esta poderá ser assegurada pela imunidade celular e pela presença de linfócitos B de memória". Contudo, esclarece o hospital, aguardam-se as próximas avaliações dos seis e 12 meses, "que permitirão tirar conclusões mais exatas sobre a imunidade a longo prazo".
"É ainda importante salientar que, dos poucos indivíduos que não desenvolveram uma resposta celular adequada após a vacinação, essa falha está compensada pelo desenvolvimento de uma resposta humoral adequada. O acompanhamento dos indivíduos vacinados durantes os próximos meses irá permitir tirar conclusões importantes sobre a proteção conferida pela vacina contra a Covid-19 a longo prazo", pode ler-se na referida nota.
O CHUC destacou ainda que "estes estudos têm sido elogiados por parte da comunidade científica e têm merecido a maior atenção e curiosidade de diversas entidades, dada a sua dimensão e qualidade, tendo, inclusive, já ganho o 1º prémio no Congresso Nacional das Pandemias".
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