"Lisboa manterá a sua posição" no nível de desconfinamento, prevê Medina

Embora a região de Lisboa não esteja numa posição que lhe permita evoluir no nível de desconfinamento, Fernando Medina também não acredita que vá regredir ainda mais na próxima avaliação do Conselho de Ministros.

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© Carlos Rodrigues/Getty Images

Filipa Matias Pereira
29/06/2021 23:55 ‧ 29/06/2021 por Filipa Matias Pereira

País

Covid-19

Fernando Medina prevê que, na próxima avaliação da situação epidemiológica dos concelhos, a região de Lisboa se mantenha na mesma posição, depois de ter recuado no nível de desconfinamento na semana passada. O autarca pressagia, por outro lado, que mais concelhos deem um passo atrás, numa altura em que a variante Delta volta a fazer subir o número de novos contágios. 

"A previsão que posso fazer é que Lisboa manterá a sua posição em relação ao nível em que está. De forma  alguma está numa posição em que pode melhorar em relação à ampliação do grau de desconfinamento. Aliás,  o que se pode antever é que mais municípios no país se venham a juntar a esta posição. Mas [também] não creio que estejamos na posição em que haja um agravamento das restrições", indicou o presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), no habitual espaço de comentário na antena da TVI24, na noite desta terça-feira. 

Tecendo um retrato da evolução da Covid-19 na capital, que está sob a égide de medidas de controlo da pandemia restritas, o líder do executivo camarário revela que a "pandemia continua a expandir-se na região de Lisboa" à semelhança, aliás, do que acontece no resto do país. "Está a dar-se a expansão rápida como era previsto desta nova variante [Delta] e dentro de poucos dias deverá representar a generalidade dos novos contágios aqui em Portugal", indicou, reforçando que a Comissão Europeia prevê cenário idêntico na Europa. 

Apesar de "não estarmos em fase de estabilização, muito menos de queda, mas sim de crescimento" da pandemia, Fernando Medina recorda que "hoje temos instrumentos de testagem mais eficazes e felizmente estão a começar a ser usados", como é o caso do programa de testagem massiva em Lisboa. 

A par da vacinação, outra das 'armas' destacadas pelo autarca prende-se com a vacinação, que "está mais avançada" na população mais velha e isso significa que "os efeitos, do ponto de vista da severidade da doença, são hoje menores do que os de janeiro ou fevereiro". 

Estamos, aliás, "num mês crítico de aceleração da vacinação e, correndo bem o processo que está neste momento em curso, durante o mês de julho, teremos cerca de 1.7 milhões de inoculações com a segunda dose e cerca de um milhão com a primeira. Isto vai permitir proteger muito melhor as pessoas". 

É certo que a "pandemia cresce", mas "não só os efeitos são menores do que eram, como a aceleração da vacina tem um impacto muitíssimo importante para reduzir esses efeitos", frisou. 

Os certificados são outra das "boas notícias" e "devem ser vistos como um incentivo ao esforço global de vacinação. É importante prosseguirmos a mensagem da importância da vacinação", rematou. 

Recorde-se que o mais recente relatório de situação sobre a diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal, divulgado pelo INSA, revela que a variante Delta, associada inicialmente à Índia, teve "uma subida galopante" na frequência relativa a nível nacional, mas a sua distribuição "é ainda muito heterogénea entre regiões".

Leia Também: Mais de metade da população já tomou pelo menos uma dose da vacina

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