"Estejam na cozinha ou na garagem, nós levamo-los para reciclagem". É este o mote do projeto piloto desenvolvido pela Câmara Municipal de Lisboa (CML) e o Electrão – Associação de Gestão de Resíduos, que tem como objetivo promover a recolha de equipamentos elétricos volumosos diretamente em casa dos cidadãos. Trata-se de um projeto pioneiro em Portugal e que, para já, abrange três freguesias de Lisboa (Ajuda, Alcântara e Belém). Arranca já amanhã, dia 1 de de julho, e prolonga-se até 31 de dezembro.
Numa nota enviada às redações, a autarquia explica que os residentes nas freguesias de Ajuda, Alcântara e Belém podem solicitar a recolha dos equipamentos elétricos através do número 808 20 32 32 da CML.
"A equipa de recolha assegurará a movimentação do equipamento entre a casa, arrecadação ou garagem, até ao veículo de transporte, bem como o seu correto encaminhamento para reciclagem", pode ler-se na nota.
A autarquia lisboeta garante que durante o serviço, que será totalmente gratuito, "serão cumpridas todas as normas de higiene e segurança definidas pela Direção Geral de Saúde (DGS), nomeadamente a utilização de equipamento de proteção individual".
Esta iniciativa, acrescenta ainda a CML, pretende testar um serviço de proximidade ao cidadão para recolha de resíduos, que será um complemento aos atuais serviços já disponibilizados pelo município e à oferta de locais de deposição disponibilizados pelo Electrão.
No comunicado, a autarquia liderada por Fernando Medina assinala que cada família acumula, em média, 11 equipamentos elétricos que já não usa, de acordo com um estudo recente da Organização das Nações Unidas. "Esta acumulação, feita pelos cidadãos, impede o aumento dos níveis de reciclagem de equipamentos elétricos, não só em Portugal, como em toda a Europa", sublinha-se.
"Ao contrário do que acontece com as embalagens e com as pilhas, que podem ser facilmente transportadas pelos consumidores, os grandes equipamentos elétricos, como frigoríficos ou máquinas de lavar, podem colocar problemas a alguns cidadãos que, por várias razões, não têm capacidade de os carregar até um local de deposição. Esta é uma das barreiras que queremos ultrapassar com este serviço", explica o Diretor-Geral do Electrão, Pedro Nazareth, citado na nota da autarquia.
"O projeto piloto vai garantir que os equipamentos elétricos recolhidos, alguns dos quais com materiais perigosos, vão ser encaminhados para reciclagem em unidades licenciadas para o efeito, contribuindo para o cumprimento das metas nacionais de recolha a que Portugal está obrigado", sublinha ainda o responsável.
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