A GNR garante ao Notícias ao Minuto estar a desenvolver "todas as diligências" ao carro que transportava o Ministro da Administração Interna (MAI) aquando do atropelamento mortal na A6.
O esclarecimento surge depois de o Correio da Manhã ter noticiado, esta quinta-feira, que as autoridades foram impedidas de fazer novas perícias ao BMW.
O jornal cita fontes próximas da investigação, referindo que apenas foi feita uma reportagem fotográfica no local do acidente e, quando os elementos do Núcleo de Investigação Criminal a Acidentes de Viação (NICAV) da GNR de Évora quiseram fazer novas diligências, as mesmas foram negadas por ordem superior.
Nas redes sociais, a reação da oposição não se fez esperar. Rui Rio recorreu ao Twitter para defender que, a ser verdade, trata-se de um facto "gravíssimo" que prova "que o carro vinha em excesso de velocidade".
O líder do PSD escreveu ainda que "o primeiro-ministro é o verdadeiro responsável político, por insistir em manter - contra tudo e contra todos - o Ministro da Administração Interna em funções".
Se isto se confirmar é gravíssimo. Prova, na prática, que o carro vinha em excesso de velocidade.
— Rui Rio (@RuiRioPSD) July 1, 2021
E prova, também, que o Primeiro-ministro é o verdadeiro responsável político, por insistir em manter - contra tudo e contra todos - o Ministro da Administração Interna em funções. https://t.co/RLV4HW3EGM
O Correio da Manhã adiantava ainda que "os titulares da investigação nem sabem para onde a viatura foi levada depois de ser removida do local por um reboque", mas que os dados já recolhidos indicam que o veículo circulava a uma "velocidade média de, no mínimo, 200 km/h".
Em resposta ao Notícias ao Minuto, a GNR garante, no entanto, que "desenvolveu e encontra-se a desenvolver, nos termos da lei, todas as diligências inerentes a um processo de investigação de um acidente de viação com vítimas mortais", escusando-se a a prestar esclarecimentos adicionais.
Recorde-se que, ontem, também o próprio ministro Eduardo Cabrita se recusou a comentar o acidente que envolveu a viatura que o transportava, reiterando que não tem nada a acrescentar além daquilo que foi noticiado na altura.
O governante manteve-se em silêncio, mesmo depois de a Brisa ter contrariado a sua versão, ao garantir que os trabalhos de manutenção na autoestrada A6 na zona de Évora estavam sinalizados no momento do acidente.
O Notícias ao Minuto tentou contactar esta quinta-feira a tutela sobre esta alegada recusa em permitir novas perícias ao carro, mas ainda não obteve resposta.
Leia Também: Brisa desmente MAI e líder centrista volta a 'atacar' o ministro Cabrita