Joe Berardo vai pagar a caução de cinco milhões de euros para sair em liberdade já esta sexta-feira, depois de ter passado três noites detido, avança a TVI24.
De acordo com o mesmo canal, o Ministério Público (MP) não pediu prisão preventiva para o empresário madeirense, que hoje conheceu as medidas de coação tidas como adequadas pelo juiz Carlos Alexandre.
Após sair em liberdade, o Comendador tem 20 dias para depositar o dinheiro ou dar garantias.
Já segundo a SIC Notícias, o empresário fica proibido de sair do país, sendo obrigado a entregar o passaporte, e fica também proibido de contactar com os restantes arguidos no processo.
Para o o advogado André Luiz Gomes, a caução foi definida no valor de um milhão de euros e está proibido de contactar com Joe Berardo.
Recorde-se que Joe Berardo e o advogado, André Luiz Gomes foram detidos na passada terça-feira, acusados dos crimes no âmbito do processo da Caixa Geral de Depósitos (CGD).
O interrogatório aos dois homens, detidos desde terça-feira, terminou ontem.
André Luiz Gomes foi ouvido ao longo do dia de quinta-feira e o interrogatório de Berardo começou às 18h30 do mesmo dia e terminou 45 minutos depois, sendo incerto se o empresário madeirense prestou declarações ou se preferiu ficar em silêncio.
Após o interrogatório, ainda nas instalações do tribunal, Joe Berardo sentiu-se mal e teve de ser assistido pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), avançou na noite de ontem a SIC Notícias, acrescentando que não foi necessário encaminhar o empresário para uma unidade hospitalar.
Recorde-se que a Defesa tem sublinhado por diversas vezes o frágil estado de saúde de Berardo.
O Comendador madeirense e o seu advogado estão indiciados por burla qualificada, fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais, falsidade informática, falsificação, abuso de confiança e descaminho ou destruição de objetos colocados sob o poder público.
O caso, que conta com 11 arguidos (cinco pessoas individuais e seis pessoas coletivas) foi tornado público depois de uma operação policial em que foram feitas cerca de meia centena de buscas, três das quais a estabelecimentos bancários.
Em causa no processo está um grupo "que entre 2006 e 2009 contratou quatro operações de financiamentos com a CGD, no valor de cerca de 439 milhões de euros" e que terá causado "um prejuízo de quase mil milhões de euros" à CGD, ao Novo Banco e ao BCP.
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