Alexandre Valentim Lourenço, presidente do Conselho Regional do Sul da Ordem dos Médicos, alertou que Lisboa e Vale do Tejo e o Algarve são, neste momento, as regiões mais afetadas pela pandemia e que são as zonas onde há uma menor percentagem de pessoas vacinadas contra o novo vírus.
"Lisboa e Vale do Tejo e Algarve são preocupantes pelo número de casos, mas ainda não chegámos ao limite, e não queremos chegar", advertiu o responsável, em declarações à TVI24, destacando que os hospitais da capital são os que apresentam um maior nível de stress.
Nesse sentido, Alexandre Valentim Lourenço sublinhou que a vacinação é "a nossa arma", defendendo que deveria ocorrer uma intensificação da vacinação contra a Covid-19, sobretudo nas regiões em causa.
"Sabemos que as vacinas são eficazes para todas as variantes e que as pessoas vacinadas apresentam uma doença muito menos grave", recordou.
Ainda assim, sobre os internamentos, o especialista apontou que o número de hospitalizações no país não atingiu a grave proporção verificada noutras vagas do novo coronavírus.
"Existe um efeito da vacinação que não existiu em janeiro. Está a aumentar o número de internamentos, mas não na proporção de janeiro ou fevereiro", reiterou, lembrando que a maioria da população agora internada tem menos de 60 anos, o que representa as faixas etárias menos vacinadas contra a Covid-19 em Portugal.
A nova variante Delta, responsável por grande parte dos novos casos no país, já é prevalente em Lisboa e Vale do Tejo e no Algarve. De acordo com o boletim epidemiológico deste sábado, foram detetados no total mais 2.605 contágios e quatro mortes relacionadas com a Covid-19, em Portugal. De todos os novos casos reportados, nas últimas 24 horas, 1.362 foram identificados em Lisboa e Vale do Tejo e 299 no Algarve.
Devido ao agravamento da pandemia no país e à disponibilização de vacinas, a task-force anunciou esta tarde que irá fazer um "esforço" no ritmo do processo de vacinação, prevendo-se que sejam inoculadas 850 mil pessoas por semana.
Leia Também: AO MINUTO: Anunciado "esforço de vacinação"; Mais 932 casos em Itália