"A Madeira considerou receber todas as vacinas administradas até agora no mundo inteiro", declarou Pedro Ramos aos jornalistas, no Centro de Vacinação do Funchal.
Além das vacinas aprovadas pela Agência Europeia do Medicamento, [BioTech Pfizer, a Moderna, a AstraZeneca e Janssen], a resolução adotada pelo executivo madeirense permite a entrada de viajantes com vacinas produzidas por outras farmacêuticas.
Este é o caso da SinoPharm ou Sinovac (da China), Covaxin (Índia), Epivaccorona (Rússia) ou a Soberana (Cuba).
"Estão na resolução do Governo Regional e serão aceites na Região Autónoma da Madeira porque se milhões de pessoas fizeram a vacinação com estas vacinas, o seu grau de proteção é semelhante aos outros", considerou o responsável madeirense.
Falando sobre o facto de o verão ser uma altura de regresso de muitos emigrantes, Pedro Ramos, considerou que "a probabilidade de muitos terem feito outro tipo de vacina também é menor porque a maioria dos países tem adotado as vacinas que a nível da União Europeia estão a ser autorizadas e disponibilizadas para esses mesmos países".
O governante disse que desconhece qualquer caso, "até agora, da chegada de algum emigrante ou turista com outro tipo de vacina".
"Naturalmente vamos ter isso em conta e o teste PCR passou a ser o teste exigido à entrada e sua repetição entre o quinto e o sétimo dia para todos aqueles que vão chegar à Madeira", salientou.
Pedro Ramos destacou que as autoridades de saúde do arquipélago estão "neste momento, a acompanhar o desenvolvimento da variante [com origem na índia], Delta e a sua expressividade no mundo inteiro".
"Tínhamos 10% nas nossas cadeias de transmissão, neste momento passamos para 20% nas últimas amostras que mandámos para o Instituto Nacional de Saúde (INSA)", indicou.
Mas Pedro Ramos realçou que "este aumento não tem expressão em termos de gravidade da doença na Madeira porque a região continua sem gente internada no Hospital Dr. Nélio Mendonça", no Funchal, nas unidades dedicadas à covid-19.
Hoje a Madeira ultrapassou os 100 mil residentes com a vacinação completa, o que representa 40% da população, referiu o secretário regional.
Os últimos dados sobre a situação epidemiológica no arquipélago divulgados no sábado pela Direção Regional de Saúde indicam o surgimento de seis novos casos de covid-19, registando a região 78 situações ativas e 73 óbitos associados à doença.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 3.974.841 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 183,4 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France Presse.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.112 pessoas e foram registados 889.088 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, a Índia ou a África do Sul.
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