"Tem de haver um rigor imenso naquilo que são os comportamentos, as atitudes de defesa e de proteção deles próprios [dos emigrantes] e da comunidade onde se inserem, desde logo, cumprindo as regras básicas da autoridade nacional de Saúde, com o compromisso e com essa obrigação, que hoje nós todos já assumimos como natural, como uma situação que é necessária para defendermos a nossa saúde", disse Carlos Chaves Monteiro à agência Lusa.
O autarca apela aos emigrantes que já se encontram no território e àqueles que em breve virão visitar os seus familiares, para que cumpram as recomendações em vigor.
O município da Guarda irá sensibilizá-los "a comprometerem-se com esse código de conduta, com essa forma de estar, que é higienizar, proteger com luvas e máscaras, com tudo isso que já é parte" da vivência atual e apelar para que "não facilitem".
"Porque, de facto, não podemos ainda colocar o grito de vitória, porque o vírus é mais resistente, menos vulnerável, mais multiadaptável do que aquilo que nós imaginávamos. E, portanto, temos de dar tempo à Ciência para que ela nos possa defender de forma mais cabal e total e, para isso, precisamos, até lá, do contributo de todos", declarou.
Carlos Chaves Monteiro reconhece que a presença de emigrantes no território, tradicionalmente com maior expressão no mês de agosto, ajudará a contribuir para a dinamização da economia local.
"Os emigrantes continuam a ser uma parte imprescindível da economia, nesta época, principalmente dos territórios de fronteira. Dinamizam muito a economia das nossas freguesias rurais e também urbanas, mas a saúde é um bem que prevalece", disse.
Na sua opinião, "quanto melhor tratarmos a saúde, também melhor trataremos a economia".
"É nesta perspetiva dupla que nós devemos olhar para esta realidade e não ver uma sem a outra. Seremos mais prósperos se também formos mais responsáveis no cumprimento das normas de saúde", rematou o presidente da Câmara Municipal da Guarda.
A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.028.446 mortos em todo o mundo, resultantes de mais de 186,3 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente feito pela agência France-Presse.
Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.156 pessoas e foram registados 907.974 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, uma cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.
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