Variante Delta é dominante em "todas as regiões". Lambda sem novos casos

A variante Delta "é a mais prevalente" em Portugal com uma "frequência relativa de 88.6%" na última semana e "mantendo-se dominante em todas as regiões", destacando Lisboa e Vale do Tejo e o Algarve.

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© Jorge Mantilla/NurPhoto via Getty Images

Ana Lemos com Lusa
13/07/2021 12:49 ‧ 13/07/2021 por Ana Lemos com Lusa

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INSA

O Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), através do Núcleo de Bioinformática do seu Departamento de Doenças Infeciosas, acaba de disponibilizar o mais recente relatório sobre a da diversidade genética do SARS-CoV-2 em Portugal.

Analisadas as novas sequências, "a variante Delta (B.1.617.2) é a variante mais prevalente em Portugal com uma frequência relativa de 88.6% na semana 26 (28 junho - 4 julho), mantendo-se dominante em todas as regiões", pode ler-se no documento.

Há, porém, incidências mais elevadas (100%) nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo e Algarve, de 88,2% no Norte, de 81,8% no Centro, de 95% no Alentejo, e mais baixas (62,5%) nos Açores e na Madeira (79,2%).

Quanto às restantes variantes, diz o INSA que a "frequência relativa das variantes Beta (B.1.351) e Gamma (P.1), associadas inicialmente à África do Sul e ao Brasil (Manaus), respetivamente, mantém-se baixa e sem tendência crescente (inferior a 1%) nas últimas amostragens a nível nacional". Sobre a "variante Lambda (C.37), a qual apresenta circulação vincada nas regiões do Peru e do Chile", "não se detetaram novos casos" .

Entre outras "variantes de interesse" em circulação em Portugal, o INSA destaca "a variante/linhagem B.1.621 (detetada inicialmente na Colômbia), a qual tem apresentado uma frequência relativa à volta de 1% nas últimas semanas". Trata-se de uma variante que representa "várias mutações na proteína Spike, que são partilhadas com algumas das variantes de preocupação (VOC – variants of concern)".

Até à data, o INSA informa que "foram analisadas 11.386 sequências do genoma do novo coronavírus, obtidas de amostras colhidas em mais de 100 laboratórios, hospitais e instituições, representando 290 concelhos de Portugal".

E foi no âmbito desta "monitorização contínua" que o INSA revela, esta terça-feira, que "foram obtidas, até ao momento, 2.584 sequências a partir de amostras colhidas entre a semana 22 (31 de maio a 6 de junho) e a semana 26 (28 de junho a 4 de julho)", uma amostragem que "envolveu laboratórios distribuídos pelos 18 distritos de Portugal continental e pelas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira, abrangendo um total de 192 concelhos".

Recorde a (nova) designação das variantes

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica as variantes do vírus como de "preocupação" (VOC, na sigla em inglês) ou de "interesse" (VOI), tendo atribuído, no final de maio, a designação de letras do alfabeto grego para facilitar a compreensão e evitar discriminações.

Na categoria de VOC estão a Alpha, detetada inicialmente no Reino Unido em dezembro de 2020, a Beta, associada à África do Sul desde dezembro de 2020, a Gamma, identificada no Brasil em janeiro de 2021, e a Delta, originária da Índia e classificada como de preocupação em maio deste ano.

[Notícia atualizada às 13h19]

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