Hospitais São Francisco Xavier e Egas Moniz registam ocupação de 81,8%

Os hospitais São Francisco Xavier e Egas Moniz, que integram o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO), registam hoje 45 doentes covid-19 internados, com ocupação de 81,8% das camas disponíveis, mas "com capacidade de expansão se necessário", afirmou fonte hospitalar.

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Lusa
13/07/2021 19:33 ‧ 13/07/2021 por Lusa

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Covid-19

 

Sem dados discriminados pelos dois hospitais do CHLO que recebem pacientes com a doença provocada pela infeção SARS-CoV-2, a mesma fonte indicou que estão "15 doentes em UCI ( Unidade de Cuidados Intensivos - nível III) e 30 em enfermaria".

Em resposta escrita à agência Lusa, o CHLO adiantou que "a média de idades de todos os doentes é de 58 anos", sem indicar se há casos de pessoas internadas com a vacinação completa contra a covid-19.

Sobre a capacidade máxima instalada para acolher doentes covid-19 nos hospitais São Francisco Xavier e Egas Moniz, fonte do centro hospitalar disse que existem "em enfermaria 35 camas, com capacidade de expansão se necessário, e, em UCI, 20 camas, neste momento, com capacidade de expansão se necessário".

Com base no número de doentes internados e na capacidade disponível à data de hoje, a ocupação em enfermaria é de 85,7% e em UCI é de 75%, rondando no global uma ocupação de 81,8% das camas disponíveis para acolher pacientes covid-19.

"No CHLO temos recebido doentes de vários hospitais e temos sido, como todos os outros hospitais, objeto de uma organização centralizada na ARSLVT [Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo] de vagas de cuidados intensivos e enfermaria geridas, passo a passo, e programadamente", declarou a fonte hospitalar.

Questionado sobre a possibilidade de reforço da capacidade de camas para receber doentes covid-19, a mesma fonte explicou que, durante a vaga de janeiro e fevereiro, o CHLO chegou a ter 305 doentes internados, tendo sido necessário capacitar todo o centro hospitalar para poder receber os doentes que dele necessitaram.

"É essa a obrigação de todos os hospitais e esperamos ficar muito longe dos números avassaladores da vaga anterior", avançou a administração do CHLO.

Relativamente aos dados da atual vaga, o CHLO expôs que "a pandemia será sempre uma situação preocupante, ainda que em termos de SNS [Serviço Nacional de Saúde], neste momento e com a tendência atual, nos parece ser abordável do ponto de vista do internamento".

Além dos hospitais São Francisco Xavier e Egas Moniz, o CHLO integra o Hospital Santa Cruz, que não recebe doentes covid-19.

Na segunda-feira, os hospitais de Lisboa e Vale do Tejo (LVT) registaram 344 doentes covid-19 internados em enfermaria e 97 em UCI, indicou a Administração Regional de Saúde de LVT (ARSLVT), assegurando a necessária disponibilidade de camas.

"Os planos de contingência (para enfermaria e UCI) são dinâmicos e ajustáveis às necessidades resultantes da realidade epidemiológica. Os hospitais da região continuam a dar resposta a doentes covid e não covid", afirmou a ARSLVT, em resposta escrita à agência Lusa.

Hoje, Portugal registou nove mortos atribuídos à covid-19 e 2.650 novos casos de infeção pelo vírus SARS-CoV-2, mais 868 do que na segunda-feira, segundo os dados divulgados pela Direção-Geral da Saúde (DGS).

Segundo o boletim epidemiológico da DGS, a maioria das infeções volta a ser registada na região de Lisboa e Vale do Tejo, com 1.141 novos casos, o que representa 43% do total do país, que ultrapassou hoje os 912.406 casos acumulados.

Os mesmos dados indicam que aumentaram as pessoas internadas, com mais 13 doentes em enfermaria, num total de 742, e há menos dois doentes em UCI, que acolhem agora 161 pessoas.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.044.816 mortos em todo o mundo, entre mais de 187,2 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.173 pessoas e foram registados 912.406 casos de infeção, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.

Leia Também: AO MINUTO: Vacinação obrigatória é "não assunto". França pede prudência

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