Governo pede a portugueses na África do Sul que "fiquem em casa"

Não há registo de mortes ou feridos entre os 450 mil portugueses que vivem no país.

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Notícias ao Minuto
13/07/2021 23:59 ‧ 13/07/2021 por Notícias ao Minuto

País

África do Sul

A secretária de Estado das Comunidades Portuguesas exortou os cerca de 450 mil portugueses a viverem na África do Sul que “evitem deslocações, principalmente às áreas mais problemáticas”, como é o caso das províncias de KwalaZulu, Gauteng e, principalmente, Joanesburgo.

O apelo de Berta Nunes, feito no programa 360 da RTP, surge horas depois de o embaixador de Portugal ter feito o mesmo pedido, devido ao aumento da violência em várias regiões sul-africanas, desde a prisão do ex-presidente Jacob Zuma.

Visivelmente preocupada, a responsável recomendou que a comunidade portuguesa “fique em casa” e que, quem tiver “comércio e empresas nessas áreas, se possível, não as abram”.

Apesar disso, Berta Nunes recordou que os portugueses estão “habituados a situações difíceis” e “sabem o que fazer”, não antecipando qualquer pedido de retirada do país.

"Temos sempre essa possibilidade, caso seja necessário acionar o plano de regresso, mas neste momento não se coloca essa possibilidade de maneira nenhuma", afirmou a diplomata, lembrando a boa integração dos portugueses no país.

Até ao momento não foram reportadas mortes ou ferimentos entre os portugueses e a esperança é que a situação melhore.

Nós sabemos que as autoridades têm já no terreno o exército a apoiar a polícia e a nossa expetativa é que esta situação se acalme”, explicou a responsável, apelando a que os portugueses "fiquem atentos às recomendações e orientações das autoridades locais.

Antes de terminar a entrevista, Berta Nunes lembrou que os contactos necessários em caso de necessidade de ajuda foram enviados pela embaixada lusa às comunidades e associações portuguesas na África do Sul. Já o Serviço de Emergência consular “funciona 24 horas por dia”, através do Portal das Comunidades.

Leia Também: África do Sul: Estado de "desespero" está subjacente aos protestos

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