"É uma realidade que está a ser acompanhada a par e passo pelo governo português", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações as jornalistas, à chegada a Luanda, para a XIII Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
"Nós, naturalmente, acompanhamos o que se vive nesse país como acompanhamos em qualquer país onde há países onde hajam comunidades portugueses que sofrem essas vicissitudes", disse Marcelo Rebelo de Sousa, ladeado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros de Portugal.
Segundo o chefe de Estado, "tem havido uma intervenção, nomeadamente do senhor embaixador, em coordenação permanente com o Ministério dos Negócios Estrangeiros, prevenindo os portugueses, acautelando os portugueses, apoiando os portugueses".
Após a detenção do ex-Presidente Jacob Zuma, a África do Sul mergulhou numa série de protestos e pilhagens sem precedentes na história recente do país.
Estima-se que vivam cerca de 450.000 portugueses e lusodescendentes na África do Sul, dos quais pelo menos 200 mil em Joanesburgo e Gauteng, e 20.000 no KwaZulu-Natal, mas segundo o conselheiro português não há cidadãos nacionais entre as vítimas.
O número de vítimas mortais da violência que assola a África do Sul pelo sétimo dia consecutivo, já fez pelo menos 117 mortos e mais de 2.200 detenções, segundo um novo balanço divulgado hoje pela Presidência da República sul-africana.
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